Princípios e boas práticas para ser e fazer discípulos

Um bate-papo com David Kornfield

 

 

Na quarta-feira, dia 13 de maio, foi transmitida mais uma live da Década de Fazer Discípulos. O evento on-line contou com a participação de David Kornfield, referência em liderança e discipulado, que falou sobre o tema Formação de discípulos: o que é, por que e como. Ilaene Schüler, líder dos Ministérios Homens Mentores e Mulheres Mentoras, conduziu a conversa.

A live faz parte de um processo contínuo de crescimento intencional que contará com várias transmissões pelas redes sociais. Todas as edições ficarão disponíveis nos blogues e perfis de HM e MM. Ao assisti-las, o participante poderá acompanhar uma tarefa — para acessá-la clique aqui — com perguntas frequentes e dicas para dar sequência entre uma live e outra. Uma oportunidade única para obter inspiração e capacitação.

Nesta terceira live, David Kornfield e Ilaene Schüler compartilham informações relacionadas à formação de discípulos, começando pelas definições e seguindo com ideias práticas para pastores e líderes que desejam fomentar um DNA de discipulado em suas comunidades. A seguir, você confere um resumo do vídeo.

Discipulado autêntico

O discípulo é um seguidor de Jesus que é comprometido e busca intencionalmente se tornar mais semelhante a Cristo, estendendo sua missão a outros. Há três componentes intrínsecos a essa definição: a imitação, o crescimento e o envio.

O trabalho do discipulador envolve “o caminhar junto”, atitude que David Kornfield clarifica como: “uma relação de amor e compromisso, na qual os discípulos de Jesus caminham juntos para crescer intencionalmente na semelhança de Cristo em cada área de sua vida e, por sua vez, discipulam outros.” Uma combinação fascinante entre mutualidade e reciprocidade, por meio de um líder proativo que se entrega a favor de muitos e que intencionalmente multiplica esse movimento para transformação de vidas.

Discipulado:

“Uma relação de amor e compromisso, na qual os discípulos de Jesus caminham juntos para crescer intencionalmente na semelhança de Cristo em cada área de sua vida e, por sua vez, discipulam outros.” David Kornfield

Dois tipos de crescimento: A grande maioria dos cristãos crescem acidentalmente e não intencionalmente. O crescimento intencional reflete obediência à Grande Comissão, o “ide”. Por isso, é fundamental que haja uma mudança de paradigma quanto ao discipulado. Aqui, ressalta-se um ponto: todos são chamados a propagar o Evangelho, e não há idade limite para aprendê-lo e fazê-lo, partindo do pressuposto de que Deus nos amou primeiro.

Fazer e viver discipulado

Em primeiro lugar, existem três gigantes espirituais que afligem a maioria dos pastores:

O ativismo: incontáveis demandas que sucumbem a prioridade de fazer discípulos. Essa questão é mencionada no artigo escrito por David: COVID-19:“Oportunidade Inédita para Fazer Discípulos”.

O orgulho: independentemente do cargo que ocupa na igreja, todo cristão precisa ser discipulado, um verdadeiro seguidor de Jesus é um eterno aprendiz.

A desconfiança: por estarem feridos ou por terem vivenciado uma má experiência com um modelo hierárquico abusivo e autoritário, que não é firmado no amor, muitos se fecham à vulnerabilidade inerente ao discipulado

Em segundo lugar, é fato que somente discípulos podem fazer discípulos. Antes de tudo, é necessário render-se, negar-se, tomar a cruz e morrer para si mesmo.

Em terceiro lugar, há muitos programas, materiais e doutrinamento que formam um modelo de ensino e não um modelo de discipulado. Isso torna a prática de fazer discípulos algo totalmente contracultural e ineficiente. É muito mais confortável falar de um conceito teológico do que expor as vivências pessoais, angústias e limitações. É mais fácil apegar-se a sistemas de ensino desprovidos de empatia e pessoalidade do que crescer na habilidade de ouvir críticas e sugestões. Precisamos mudar tal abordagem.

Iniciativas para ser e fazer discípulos (micro)

É preciso estar centrado em Cristo e, diariamente, conectar-se a Ele. Agindo assim é possível reproduzir múltiplas gerações de discípulos. Vale ressaltar que cada pessoa deve se comprometer a fazer parte da Grande Comissão, tomando sua própria iniciativa, sem esperar pelos demais.

Ouvir Deus através das Escrituras, do Espírito Santo, das circunstâncias e dos outros é também uma atitude fundamental. Nesse sentido, Kornfield indica o livro Conhecendo Deus e Fazendo Sua Vontade, dos autores Henry T. Blackaby e Claude V. King.

Só escutar o sermão no domingo não basta: É comum os cultos semanais se tornarem um evento em que cada membro participa sem a preocupação de se preparar previamente ou de praticar o que foi pregado. Toda a palavra dita durante a celebração está fadada ao esquecimento. A cultura de somente receber a Palavra sem praticá-la é viver em engano. Não há transformação sem a cultura do discipulado.

“A cultura de somente receber a Palavra sem praticá-la é viver em engano. Não há transformação sem a cultura do discipulado.”

Hoje, existem muitos modelos de discipulado, e isso cria grande confusão e distorções. O artigo “Fazendo discípulos – Primeiros passos” traz informações esclarecedoras sobre o assunto.

Um modelo frutífero

David formata seus encontros de discipulado seguindo o seguinte modelo: reuniões de 90 minutos e preparação para a reunião também de 90 minutos. Os encontros são semanais, com grupos de quatro pessoas, no máximo. Nesse modelo, a liderança é rotativa. Assim, ao final de um ano, todos já tiveram a oportunidade de liderar várias vezes, estando aptos a liderar outras pessoas e formar outros grupos.

Na cultura do discipulado, 10% do crescimento ocorre durante o encontro, porém os outros 90% acontecem durante a preparação, por meio de tarefas prévias e de seguimento realizadas por cada membro. O compromisso dos participantes com seu próprio crescimento irá refletir no grupo como um todo.

Iniciativas da igreja, denominação, cidade ou país em relação ao discipulado (macro)

Pensando numa visão macro, faz-se necessário que o pastor comece por lançar a visão, motivando, inspirando, sensibilizando e conscientizando as pessoas.

Numa segunda etapa, o pastor deve pensar em habilitar sua equipe para que esta, por sua vez, possa mentorear outros.

Como terceira etapa, a partir da proposta acima, é possível viver o micro — um pequeno grupo formado com a equipe pastoral—, em que todos têm a possibilidade de liderar.

Já na quarta, o aprendizado está ligado a consultas participativas, a proposta de aprender juntos, para crescer juntos, compartilhando as melhores práticas.

Por último, a capacitação formada por discipuladores experientes que ajudam líderes-chave a desenvolver o estilo de vida e a cultura do discipulado.

Na Bíblia de Estudo do Discipulado, lançada pela Sociedade Bíblica do Brasil, David Kornfield apresenta um curso de oito módulos para grupos pequenos. Dentre diversas ferramentas, a publicação conta com mais de quatrocentos estudos e conteúdos com aplicação prática.

Gostou do tema e quer saber mais sobre o assunto?

Assista ao vídeo na íntegra, saiba mais detalhes e acompanhe o edificante testemunho de David Kornfield.

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