O que fazer quando o pastor, a pastora e os líderes precisam de ajuda?

A Palavra de Deus tem a resposta a essa indagação. E é sobre o caminho de cura apontado pelas Escrituras que refletiremos a seguir

 

A Palavra de Deus diz em Tiago 5.13-16: “Entre vocês há alguém que está sofrendo? Que ele ore. Há alguém que se sente feliz? Que ele cante louvores. Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. A oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado. Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz” (NVI).

O que podemos identificar nessa passagem?

1. Alguém sofrendo – v.13; 2. Alguém feliz – v.13; 3. Alguém doente – v.14; 4. Alguém lutando contra o pecado – v.16.

Sofrimento, alegria, doença ou luta contra o pecado são circunstâncias comuns a todos nós. De fato, algumas vezes enfrentamos situações de sofrimento tão intensas que não conseguimos perceber possiblidades de cura. Por outro lado, há momentos em que celebramos tamanha alegria que ficamos ainda mais encorajados a prosseguir. Todos estamos sujeitos a períodos marcados por enfermidades físicas e emocionais ou à luta contra a tentação e o pecado.

Seja qual for a condição, Tiago diz que tal pessoa precisa de:

1. Alguém com quem repartir sofrimentos e alegrias. 2. Pessoas que se importem com sua dor, enfermidade ou pecado. 3. Um ambiente de amor, que possibilite a confissão. 4. Um justo (mentor/discipulador) que acredite e invista em sua vida. 5. Um irmão que entre na “brecha” com ela, em sua ferida ou dificuldade, e ministre, por meio da oração, uma palavra de cura e restauração.

Quando o pastor, o líder e o cônjuge precisam de ajuda

Em sua epístola, o apóstolo Tiago nos chama a atenção a algo que não devemos ignorar: todos tropeçam em muitas coisas! (Tg 3.1-2) Ele não exclui nenhum dos irmãos, nem pastores e cônjuges. Como qualquer ser humano, pastores, líderes e cônjuges vivenciam situações de sofrimento ou de “tropeços”. No dia a dia da igreja, enquanto os membros podem buscar um lugar de cuidado no gabinete pastoral ou em seu pequeno grupo, aos pastores, líderes e cônjuges falta-lhes um ambiente seguro para confessar pecados ou falar das tentações e fragilidades.

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Nesse sentido, pensemos no caso de Timóteo: podemos perceber que, mesmo sendo pastor de uma igreja, ele se submetia a Paulo como seu pastor/discipulador. Paulo demonstra cuidado em relação Timóteo, ao incumbi-lo de guardar o Evangelho (1Tm 1.3-7), orar pelo rebanho (1Tm 2.1), levar a igreja à vivência correta do culto público (1Tm 2.8-10), instituir presbíteros e diáconos segundo o padrão bíblico (1Tm 3.1-13) e zelar para ser um ministro do Evangelho (1Tm 6.11s). Mesmo sendo pastor, Timóteo se colocava como ovelha, ou seja, mantinha uma postura ensinável e de prestação de contas a outro líder.

Sendo ovelhas, pastores não são autossuficientes e, assim como os outros crentes, também necessitam de cuidado intencional que os leve a crescer.

A saudável e frutífera conexão com um mentor

Paulo diz aos líderes e à igreja de Corinto que um planta e outro rega, mas Deus dá o crescimento (1Co 3.7). Pastores, pastoras, líderes e cônjuges precisam de pessoas que plantam e regam em sua vida, para que venham a experimentar o crescimento que Deus lhes quer dar. Na medida em que crescem, podem levar a igreja a crescer. Sendo assim, precisam vivenciar o DNA daquilo que querem que a comunidade viva: crescimento e vitalidade em todas as esferas da vida.

“Pastores, pastoras, líderes e cônjuges precisam de pessoas que plantam e regam em sua vida, para que venham a experimentar o crescimento que Deus lhes quer dar.”

A maioria dos pastores, pastoras e líderes pensa no discipulado como algo para recém-convertidos, como programas, cursos e currículos para discipular novos crentes. Em seu ministério, Jesus discipulava os principais líderes da igreja, que seriam apóstolos e pastores. Entendemos que o discipulado não é uma atividade destinada apenas a novos convertidos e aos membros que querem aprofundar a comunhão com Deus, mas também a pastores, pastoras, líderes e cônjuges. Esse foi o foco de Jesus e queremos caminhar o mais próximo possível dele e de seu modelo.

Seria bem mais saudável se pensássemos em quatro níveis de discipulado: 1) novos convertidos; 2) membros comprometidos; 3) líderes da igreja; 4) pastores, pastoras, líderes e cônjuges.

Discipulado: um estilo de vida

Para que a igreja viva uma cultura de discipulado, é preciso que as lideranças a experimentem em sua própria jornada, para que seus liderados façam o mesmo. Se o pastor dá o exemplo, as “ovelhas” o seguirão. Se os membros seguirem seu modelo inspirador, os novos convertidos entenderão que o discipulado é um estilo de vida e não apenas um curso de seis a doze semanas de preparação para o batismo. •

Saiba mais!

Desde 2010, os ministérios Homens Mentores e Mulheres Mentoras atuam na igreja brasileira com o objetivo de servir aos pastores e líderes em sua vida e ministério. Tendo como principal visão “ser um movimento de discipulado e mentoria”, ambos projetos mobilizam e capacitam esse público por meio de estratégias e ferramentas de cuidado qualificado que resultem em crescimento pessoal e ministerial.

Para obter mais informações sobre o trabalho, continue navegando por nossos sites: homensmentores.com.br e igrejasdiscipuladoras.com.br ou acompanhe nossas redes sociais: @homensmentores e @mulheresmentoras.

Sobre Daniel Vargas Daniel Vargas, graduado em Administração de Empresas e Teologia, especialista em projetos PMD e em Análise Transacional, mestrando em Química. É pesquisador do Departamento de Pesquisas da Sepal e lidera o ministério Homens Mentores mobilizando homens em liderança para vivência de cuidado.

Sobre Ilaene Schuler Missionária Sepal, graduada em Teologia e especialista em Missão Urbana e Análise Transacional. Lidera o ministério Mulheres Mentoras mobilizando mulheres em liderança para vivência de cuidado.

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