Uma igreja viva é uma igreja evangelizadora. Lucas nos diz que a igreja aprendia dos apóstolos, ajudavam uns aos outros e adoravam a Deus. Se a passagem terminasse aqui, esta seria uma igreja incompleta. Em Atos 2:42 não há uma descrição completa da igreja. Não poderíamos pensar em uma igreja como uma comunidade ocupada unicamente de si mesma, como se tivessem abandonado o mundo necessitado que está do lado de fora. Somente em At 2.47 se completa a perspectiva: “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. (Atos 2.47)
Aqui podemos aprender sobre a evangelização. Primeiro é que o Senhor mesmo acrescentava os que haviam de ser salvos. O Senhor Jesus inclui a cada dia novos crentes à igreja. Certamente, Jesus Cristo delega aos ministros e líderes da igreja a tarefa de admitir aos novos membros da igreja mediante o batismo. Porém, somente Ele pode os admitir na igreja invisível, quando se arrependem e confiam em Jesus como Salvador e Senhor.
O ensinamento, o testemunho diário dos membros da igreja e sua vida de amor aos demais, são os meios que Deus usa para fazer chegar Sua mensagem ao mundo. Porém, quem salva e incorpora novos membros a Sua igreja é Jesus Cristo.
Temos que humilhar-nos diante de Deus e reconhecer que somente Cristo pode abrir os olhos dos cegos, destapar os ouvidos dos surdos e dar vida às almas mortas. A igreja hoje necessita ser mais humilde.
Um segundo ponto sobre a evangelização é que Jesus fazia duas coisas, e estas devem sempre estar juntas. Acrescentava cada dia à igreja os que iam ser salvos, quer dizer, não os acrescentava sem serem salvos nem os salvava sem os acrescentar à igreja. Salvação e pertencer à igreja são dois atos que acontecem juntos.
Em terceiro lugar, Jesus fazia isto a cada dia. O Senhor fazia crescer dia a dia a comunidade. A evangelização não é um assunto ocasional, deve ser algo contínuo. Quando a igreja está cheia do Espírito Santo, se abre ao mundo necessitado de Deus e, então as pessoas podem ser acrescentadas cada dia à igreja.
Recortes do livro Sinais de Uma Igreja Viva de John Stott, Editora ABU