A Igreja é a Lavoura de Deus

green plants on soil

Paulo está corrigindo a visão de Igreja para os Coríntios para levá-los a perceber melhor o papel dos seus líderes e resolver os problemas de divisão, para isso Paulo descreve a igreja como “lavoura de Deus”. (I Coríntios 3.9)

Paulo faz perguntas incisivas aos líderes (1 Co 3.5). “Que é Paulo? Que é Apolo?” Os líderes não são o objeto de sua fé, não são os autores de sua salvação, senão os servos que os conduziram a ela, com os dons que Deus lhes havia concedido.

Em 1 Co 3.6-8, Paulo aplica a comparação a si mesmo e a Apolo. No grego há uma ênfase importante nos verbos plantar e regar que estão em aoristo, que é o tempo passado perfeito. Paulo durante sua segunda viagem missionária chegou a Corinto, evangelizou e se foi. Paulo chegou antes a Corinto (Atos 18), Apolo chegou depois, regou a semente e, uma vez cumprido seu trabalho, seguiu seu caminho. Mas, Deus fez com que a semente crescesse, e essa tarefa se descreve com um tempo verbal imperfeito. Isto significa que todo o tempo, ainda quando Paulo e Apolo trabalhavam, era Deus quem havia estado dando a geração e o crescimento à semente.

Tanto plantar como regar são trabalhos que qualquer um pode fazer, mas fazer com que a semente se abra e cresça é um processo cheio de mistério. Nenhum ser humano pode fazê-lo. Não bastava a autoridade apostólica que Apolo tinha nas Escrituras para que germinasse a semente do evangelho entre os coríntios. Só Deus poderia fazê-lo.

Paulo, em 1 Co 3.8, diz que tanto o que planta como o que rega têm o mesmo propósito, ainda que cumpram diferentes tarefas. Ambos procuram uma boa colheita. Cada obreiro receberá do Senhor sua recompensa, conforme seu trabalho, no dia do juízo. É uma bobagem dos coríntios tratar de adiantar esse reconhecimento, dando honra a seres humanos que são só agentes da obra de Deus.

O apóstolo enfatiza que, no que se refere ao nascimento e crescimento de uma igreja, Deus é quem assume as tarefas, quem dá o crescimento e quem, finalmente, premia aos trabalhadores. Portanto, não devemos dar glória a nós mesmos nem a outros companheiros de tarefa, senão ao Senhor e só a Ele.

Continua…

Recortes do livro Sinais de Uma Igreja Viva de John Stott, Editora ABU 

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