Quando planejamos o ministério para o ano seguinte, há duas abordagens que talvez adotemos. Uma abordagem é considerarmos os programas existentes na igreja (como as reuniões de domingo, trabalho com jovens, ministério infantil e grupos de estudos bíblicos) e, depois, elaborarmos maneiras como esses programas podem ser mantidos e melhorados. A outra abordagem é começarmos com as pessoas na igreja local, não tendo em mente estruturas ou programas específicos, e, depois, considerarmos quem são essas pessoas que Deus nos confiou, como podemos ajudá-las a crescer na maturidade cristã e que forma seus dons e oportunidades podem assumir.
Esta é uma mudança de mentalidade revolucionária: quando fixamos o pensamento nas pessoas da igreja, isso muda o nosso foco para as colocarmos em primeiro lugar e edificarmos ministérios ao redor delas. Ao fazermos isso, pode ficar claro que estes novos discípulos estavam sob o senhorio universal de Cristo e deviam obedecer ao que Jesus ensinara, ficaram sob a mesma obrigação dada aos doze discípulos originais, de prosseguir o trabalho de anunciar o senhorio de Cristo, como fizeram seus ouvintes, e assim por diante “até à consumação do século”.
Portanto, o alvo do ministério cristão é muito simples e, até certo ponto, mensurável: estamos fazendo e nutrindo verdadeiros discípulos de Cristo? A igreja sempre tende em direção ao institucionalismo e à secularização. Quando o foco muda para a preservação de programas e estruturas tradicionais, se perde o alvo de discipulado. O mandato de fazer discípulos é o critério que determina se nossa igreja está engajada na missão de Cristo. Estamos fazendo verdadeiros discípulos de Jesus Cristo? Nosso alvo não é fazer membros de igreja ou membros de nossa instituição, e sim verdadeiros discípulos de Jesus. Ou, retornando à nossa parábola – nosso alvo é dar crescimento à videira e não à treliça.
Recorte do Livro A Treliça e a Videira, Colin Marshall, Editora Fiel