Cinco lições do Monte Moriá

(Gn 22:1-14)

Gênesis 22 é um relato comovente do sacrifício de Isaque por Abraão no Monte Moriá. Não é apenas uma história de rendição absoluta; ao contrário, é uma narrativa de adoração que leva à rendição absoluta!

Existem CINCO princípios-chave da verdadeira adoração encontrados neste episódio.

  1. A verdadeira adoração envolve obediência instantânea (v.1-3)

Gênesis 22.3 afirma: “Então, Abraão levantou-se de manhã cedo…”

Abraão não demorou. Ele imediatamente se preparou para a viagem e partiu logo pela manhã! A verdadeira adoração envolve obediência instantânea!

  1. A verdadeira adoração envolve fiel perseverança (v.4)

Gênesis 22:4 diz: “No TERCEIRO DIA, Abraão levantou os olhos e viu o lugar de longe”.

Houve um 1º dia e um 2º dia; e a cada dia e noite que passava, não ficava mais fácil para Abraão! No entanto, ele avançou em direção ao Monte Moriá! É uma longa obediência na mesma direção. Uma obediência perseverante.

  1. A verdadeira adoração envolve uma forte fé em Deus (v.5)

Gênesis 22.5 declara: “Adoraremos e voltaremos para ti”.

Esta é uma declaração de fé! Pois aqui está a mentalidade de fé de Abraão – ele acreditava que mesmo que sacrificasse Isaque, Deus teria o poder de ressuscitá-lo dentre os mortos (Hb 11.19)!

  1. A verdadeira adoração envolve uma confiança inabalável na soberania de Deus (v.6-8)

Gênesis 22.8 registra: “Abraão disse: ‘DEUS proverá para si mesmo o cordeiro para o holocausto…’

Deus proverá para Sua glória e honra. A verdadeira adoração envolve uma profunda confiança na soberania de Deus sobre todos!

  1. A verdadeira adoração envolve o temor do Senhor (v.12)

Gênesis 22.12 captura o cerne de tudo, “… pois agora eu sei que você teme a Deus, visto que você não me negou seu filho, seu único filho.”

Abraão temia a Deus porque não reteve Isaque, seu “único filho”. Agora, por que Isaque é chamado de “filho único” quando Abraão neste ponto teve dois filhos, Isaque e Ismael? Porque Isaque é “o filho da Sua promessa” – pois como Hb 11.17-18 indica, a bênção prometida de Deus é através de Isaque “que recebeu as promessas… de quem foi dito: ‘Em Isaque será chamada a tua descendência.’”

Em outras palavras, quando Deus pediu o sacrifício de Isaque, Deus estava pedindo a Abraão que sacrificasse TUDO o que Ele havia prometido a Abraão!

Sacrificar Isaque é entregar tudo! E Abraão fez isso porque temia a Deus.

Agora, por causa do sacrifício épico, foi dito que o melhor momento de Abraão foi em Gênesis 22. A entrega total de oferecer seu filho.

Mas eu penso o contrário.

Acho que o melhor momento de Abraão não está em Gênesis 22, mas em Gênesis 21 – o dia em que ele plantou a tamargueira e invocou o nome do DEUS ETERNO!

É da ADORAÇÃO de Gênesis 21 que vem a RENDIÇÃO de Gênesis 22!

É por isso que quando ligamos os pontos, Gênesis 22 não é apenas sobre RENDIÇÃO, é uma narrativa de ADORAÇÃO, da qual vem a fé e a entrega! É como um transbordamento de Gênesis 21.

Veja, o maior sacrifício em Gênesis 22 não foi Isaque, foi o sacrifício de um ego.

E a verdadeira adoração lida com o ego! Um foco em Deus, não em si mesmo! O maior desafio da liderança é o ego – de orgulho, de presunção e até de insegurança!

Mas espere. Há MAIS nessa narrativa do que aparenta em Gênesis 22! E tudo depende de uma surpreendente teologia da ALIANÇA! Mais sobre isso no próximo artigo!

Edmund Chan

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