Módulo Vida Simples – Estudo 1.4.1
por Ilaene Schüler
Quando algo era muito difícil meu pai dizia que era “uma luta de foice no escuro”. É um enorme desafio viver uma vida simples, como dizia meu pai, é uma “luta de foice no escuro.”
Mas o profeta Miquéias 6:8 vai direto ao ponto do que realmente importa para Deus.
Miquéias veio de uma pequena vila chamada Moresete, cerca de 32 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Moresete foi uma das 46 cidades destruídas pelo Império Assírio, sob o reinado do rei Senaqueribe.
Eles foram forçados a fugir para Jerusalém em busca de segurança. Jerusalém, a cidade de Davi. A amada cidade de Deus. Certamente, eles seriam protegidos em Jerusalém! Mas, Miquéias deu uma profecia devastadora contra Jerusalém, a cidade na qual eles buscaram refúgio. Miquéias 3:12, Miquéias disse: “Jerusalém se tornará um monte de ruínas!”
Aqui está um profeta camponês anunciando a uma grande cidade, a cidade de Jerusalém. E para adicionar insulto à injúria, Miquéias diz: “O Messias não nasceria em Jerusalém, mas em Belém”, outra pequena cidade natal de caipiras, uma vila pequena.
Agora você pode ver quão impopular era o profeta Miquéias! O contexto teológico era que Miquéias estava lutando aqui com a questão central da religião: como Deus pode ser corretamente abordado pelos homens? O versículo 6 diz: “Com que me apresentarei perante o Senhor, e me curvar diante do Deus alto? Irei diante dele com holocaustos, com bezerros de um ano?”
Na teologia judaica, o homem não pode se aproximar do Deus Santo sem um sacrifício expiatório. Agora, uma outra pergunta segue a pergunta retórica se referindo ao que agrada a Deus. No versículo 7 fala de milhares de carneiros. Se um sacrifício expiatório for necessário, Deus ficaria impressionantemente satisfeito com um sacrifício massivo?
Agora, adicione a estes, o sacrifício final na religião pagã daquele tempo de um primogênito. Esses sacrifícios certamente impressionariam qualquer divindade pagã, mas não Jeová. Por quê? Porque essa não é a linha de fundo!
Miquéias 6:8, dá a linha de fundo: “Ele mostrou a você…”
Ele não nos deixa adivinhando. Ele nos deu por revelação. ‘Ele te mostrou o que é bom’, significando ‘o que é essencial para a vida e para o viver’.
Agora, observe a palavra “Exigir” de nós. “Exigir” é a palavra hebraica “dârash”. Dârash é uma palavra complexa e fascinante. A ideia por trás da palavra não é tanto “Demanda”, mas “Desejo”. Você vê, quando os amantes “dârash” um ao outro, eles desejam, eles têm uma devoção um pelo outro. Quando Esdras estuda a lei de Deus, ele “dârash” a lei de Deus, ele deseja a lei de Deus; ele se deleita com isso.
Em vez disso, aqui está o que Deus realmente deseja para nós, que realmente nos deleitemos em: fazer justiça, amar a misericórdia, andar humildemente com nosso Deus.
Existe algo mais básico do que isso?
Primeiro Ele diz: “Eu te disse, siga “mishpat” – justiça.
A ideia de justiça é uma retidão básica. O que é “Justiça”? “Viver de modo a fazer o que é justo diante de Deus com nossos semelhantes”.
Agora, mishpat, justiça, retidão, têm 2 ideias inerentes: Aquilo que é legalmente ganho e aquilo que legalmente compartilhamos. Adquirido legalmente. Compartilhado por direito.
Para “mishpat”, a justiça não é meramente “uma boa ideia” ou “uma boa sugestão”; é o caminho da vida de Deus. É o padrão de justiça de Deus – Faça o que é certo e, portanto, o que é agradável diante de Deus. Não tenha ganhos injustos ou retenha o que você tem quando os outros estão em necessidade.
Segundo ele diz que devemos amar a misericórdia. A palavra hebraica é “ḥesed”. Hesed é a palavra “graça” do Antigo Testamento. Pode ser traduzido como “bondade amorosa” e, neste contexto, “misericórdia”. Hesed tem a ideia básica de “Compaixão”. Mas, não confunda preocupação com compaixão. Não está errado. Começa com isso, mas devemos nos encorajar e ajudar uns aos outros a tomar medidas decisivas!
A terceira palavra que o Senhor nos deu é ‘tsana’’, para ‘andar humildemente com o Senhor’. Essa ideia de “andar humildemente com o Senhor” é aquela em que somos “dependentes dEle”.
Nosso alcance, nosso crescimento ministerial nos deixa orgulhosos; é o avivamento que nos humilha. E há 2 maneiras pelas quais o avivamento nos humilha.
A primeira: o avivamento nos humilha para perceber o que não podemos fazer e o que podemos fazer.
Avivamento é algo que não podemos fazer. O avivamento nos humilha, pois o avivamento é uma obra de Deus; não é algo que podemos fazer por nós mesmos.
Podemos expandir nosso ministério; podemos ampliar nossa tenda; podemos exercer nossa liderança; podemos fazer a diferença. Esse é o nosso alcance, mas avivamento? Nós não podemos!
O avivamento nos humilha. Ele nos chama a nos ajoelharmos para dizer: “Senhor, não podemos fazer isso. É a Tua obra, Senhor!” E aqui está a coisa sobre avivamento: Precisamos de Deus! Também precisamos um do outro!
Precisamos de um Avivamento de Deus e precisamos uns dos outros clamando a Ele por avivamento e andando nesse avivamento:
- Andar em mishpat, em JUSTIÇA diante de Deus, uns com os outros;
- Andar em ḥesed, na COMPAIXÃO de Deus, uns pelos outros;
- Andar em tsana`, em HUMILDADE em Deus, uns para com os outros!
Não precisamos mais comparar COMPARAR uns com os outros. Não precisamos mais COMPETIR uns com os outros. Começamos a aprender a ‘UM ao OUTRO’ uns aos outros; amar uns aos outros, servir uns aos outros porque estamos no mesmo time, estamos no time de Deus e JUNTOS, buscamos o REAVIVAMENTO de Deus.
O coração da vida simples é viver o que Deus pede de nós, é buscar o seu Reino em primeiro lugar.
Meu grande desafio para manter um estilo de vida simples é sempre de novo deixar o Espírito Santo me lembrar o que Deus pede de mim e discernir como isto pode se expressar em minha vida.
Como obediência a esta Palavra eu me propus a todos os dias perguntar a Deus em oração o que Ele pede de mim e repetirem oração este versículo de Miquéias 6.8. Com isso estou intencionalmente me alinhando com Ele e seus propósitos. E me propus a separar mensalmente, colocando previamente em minha agenda, um bloco de no mínimo 4 horas para um retiro com Deus.
Ilaene Schuler, baseado em palestra de Edmund Chan
Discipulado na Vida – 23/03/2023
Curso: Relacionamentos
Módulo 1.4: Dedicados à vida simples
Estudo 1.4.1 O coração da vida simples
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