Seleção 3: Oração como processo de seleção

 

Ilaene Schüler

1 Sm 16.6, 7; Lc 6.12-16

Você já errou feio numa decisão por não orar e não ouvir a Deus?  Sem aprender a ouvir a Deus e obedecer com certeza vamos errar muitas vezes.  Minha vida é marcada por decisões que trouxeram muito sofrimento para mim e para pessoas querida para mim. Por não viver um discipulado intencional, não tinha a disciplina de ouvir a Deus antes de tomar decisões importantes. Até orava pela decisão, mas mais para pedir que Deus abençoasse o que já tinha decidido do que para   ouvir a Deus e sua perspectiva.  Muita coisa havia e ainda há para Deus mudar em minha vida.  E assim Deus o tem feito. Hoje ouvir a Deus é um privilégio do qual não quero mais abrir mão. Vamos conversar sobre a importância de ouvir a Deus no processo de seleção de pessoas com quem queremos caminhar mais perto investindo na vida dela por meio do discipulado que é o nosso tema do Estudo Seleção 3: Oração como processo de seleção, da Bíblia do Discipulado.

Os textos de 1 Sm 16.6, 7 registra como Samuel achou que havia acertado na escolha de Eliabe. Mas, vamos ver mais de perto este processo de seleção até chegar na escolha de David para ser rei.

No contexto de 1 Sm 16.1-13, a palavra Jeová, traduzido por Senhor, aparece 13 vezes. A presença e nome do Senhor domina o horizonte de Samuel.

A primeira referência ao nome Senhor, começa corrigindo a Samuel que seu coração estava mais alinhado com Saul do que com Deus.  Perceba como o Senhor confronta a Samuel: “O Senhor disse a Samuel: — Até quando você terá pena de Saul, se eu o rejeitei como rei de Israel? Encha um chifre de azeite e ponha-se a caminho; vou enviar você a Jessé, o belemita, porque escolhi um dos filhos dele para ser rei.

Samuel respondeu: — Como posso fazer isso? Saul ficará sabendo e me matará. Então o Senhor disse: — Leve um novilho e diga: “Vim para oferecer um sacrifício ao Senhor.”

Então, após este confronto   o profeta obedece e “Samuel fez o que o Senhor tinha dito e foi a Belém” (vers. 4)

Quando chega na casa de Jessé, “Samuel viu Eliabe e disse consigo: — Certamente está diante do Senhor o seu ungido. Porém o Senhor disse a Samuel: — Não olhe para a sua aparência nem para a sua altura, porque eu o rejeitei. Porque o Senhor não vê como o ser humano vê. O ser humano vê o exterior, porém o Senhor vê o coração. Então Jessé chamou Abinadabe e o fez passar diante de Samuel, que disse: — Nem a este o Senhor escolheu. Então Jessé fez passar Samá. Porém Samuel disse: — Tampouco a este o Senhor escolheu. Assim Jessé fez passar os seus sete filhos diante de Samuel. Porém Samuel disse a Jessé: — O Senhor não escolheu nenhum destes.” Diante dos possíveis candidatos Samuel repete  que o Senhor não escolheu. 

Diante da pergunta se tinha outro filho, Jessé fala de David e “…mandou chamá-lo e o fez entrar. Davi era ruivo, de belos olhos e boa aparência. E o Senhor disse a Samuel: — Levante-se e unja-o, pois este é ele.”

E  Samuel estava certo ao ouvir o Senhor  de que David era o escolhido, pois o texto registra que “Samuel pegou o chifre do azeite e ungiu Davi no meio de seus irmãos. E, daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou de Davi.”

No centro do processo de escolha e unção de David como rei está o ouvir ao Senhor. Samuel escolhe David a partir do ouvir ao Senhor.

Posso ser o melhor discípulo e discipulador, mas se não estou ouvindo ao Senhor, seja me orientando ou interrompendo minhas decisões, eu estou perdido. Samuel quase se perdeu procurando amar a Saul. Foi necessário descontruir sua relação com Saul para investir em outro que seria rei no lugar dele. Ouvir a Deus e processo de seleção de novas pessoas também tem relação com ter finais necessários quando gastamos anos com um líder que não quer crescer ou multiplicar.

No processo de seleção preciso ser intencional em ouvir a Deus, ganhando a perspectiva Dele quanto a esta pessoa. Porém, apesar de ser intencional e ouvir o melhor que posso, preciso continuar aberto submetendo o que estou ouvindo até ter convicção divina plena.

Quando selecionamos errado,  colocamos pessoas num lugar de exigências ou visibilidade que possivelmente ela não dará conta, então podemos “queimar” pessoa por estar no lugar errado ou no tempo errado. Há uma perda para o reino, pois a pessoa teria influência de governar sem ser a pessoa que Deus queria que ali estivesse. 

Diante das diferentes demandas do ministério é um grande desafio me aquietar e deixar Deus compartilhar o coração Dele comigo quanto as pessoas que Ele já separou para  que caminhemos juntas em discipulado. Então, é preciso  esperar até ter esta  convicção divina sem me comprometer com a pessoa, para que não precise voltar atrás em compromissos assumidos.

Ore quanto a discernir em quem você deve investir para que você não fique com um Eliabe quando Deus quer lhe dar um Davi.

Discipulado na Vida – 21/07/2022
Curso: Discipulado
Módulo: Seleção – Escolhendo em quem investir nossa vida
Estudo 1.6.3: Seleção 3: Oração como processo de seleção

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