“Teu é o reino, o poder e a glória”

 

E Jesus ensinou a orar: “pois teu é o reino…”

Paulo também ensina que somos participantes do reino de Deus. Diz ele: “Dando graças ao Pai… Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor.” (Cl 1.12,13.) E para Timóteo escreve: “O Senhor me livrará também de toda obra maligna, e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém.” (2 Tm 4.18.) Portanto, quando orarmos “Pois teu é o reino”, vamos dar glórias a Deus Pai, que nos livrou do poder das trevas e nos transportou para o seu reino de amor e luz. Façamos a afirmação de fé: “O Senhor me livrará de toda obra maligna e me preservará para conduzir-me ao seu reino celeste.” 

E Jesus ensinou a orar: “pois teu é o reino, o poder..”

Davi escreveu sobre o poder de Deus: “Na tua mão há força e poder” (1 Cr 29.12), e afirmou também: “Exalta-te, Senhor, na tua força! Nós cantaremos e louvaremos o teu poder.” (Sl 21.13.) Deus criou a terra pelo seu poder (Jr 10.12) e reinará para sempre também pelo seu poder (Sl 66.7).

E Jesus ensinou a orar: “pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.”

O salmista pergunta: “Quem é o Rei da Glória?” e responde: “O Senhor, forte e poderoso, o Senhor, poderoso nas batalhas.” (Sl 24.8.) “Glória e majestade estão diante dele.” (1 Cr 16.27.) E o próprio Deus declara: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra às imagens de escultura.” (Is 42.8.) 

O que é a glória de Deus? É a perfeição manifesta de seu caráter, principalmente sua justiça. Sabemos que todas as pessoas estão destituídas da glória de Deus (Rm 3.23), contudo ele convida os crentes para serem participantes de sua glória. E, como vemos em Hebreus 2.9,10, isso se torna possível por intermédio de  Jesus. Quando ele sofreu pelos pecados da humanidade, conduziu muitos filhos à glória. E Paulo assegura aos

crentes que, se sofrermos com ele, com ele também seremos glorificados (Rm 8.17). O apóstolo não se preocupava com o sofrimento, pois sabia que os sofrimentos do tempo presente não são para se comparar com a glória que há de ser revelada em nós (Rm 8.18).

E quando contemplamos a glória do Senhor — isto é, seu caráter e sua maneira de ser manifestos por intermédio de Cristo — vamos lentamente sendo transformados na sua própria imagem pelo Espírito de Deus (2 Co 3.18), e assim o caráter e a maneira de ser do Pai e do Filho se reproduzem em nosso interior. Tornando-nos semelhantes a Cristo, entraremos na bem-aventurança eterna,  pois o Deus Pai nos chamou à sua eterna glória. (1 Pe  5.10.) Portanto, não é de se estranhar que Paulo conclame o crente a viver “por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória” (1 Ts 2.12). Demos glórias a Deus pelo chamado que nos faz para sermos participantes de sua glória.

Davi insta com o crente para que dê testemunho a  outros a respeito do reino, poder e glória de Deus. “Todas as tuas obras te renderão graças, Senhor;  e os teus santos te bendirão. “Falarão da glória do teu reino, e confessarão o teu poder, para que aos filhos dos homens se façam notórios os teus poderosos feitos, e a glória da majestade do teu reino. “O teu reino é o de todos os séculos, o teu domínio  subsiste por todas as gerações.

“O Senhor é fiel em todas as suas palavras, e santo em todas as suas obras.” (SI 145.10-13.) 

Pai que estás nos céus, venha o teu reino, pois teu é o reino, tu és Deus nos céus e dominas sobre todos os reinos dos povos (2Cr 20.6); faça-se a tua vontade, pois teu é o poder, e coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa (Jr 32.17); santificado seja o teu nome, pois tua é a glória, e tu expuseste nos céus a tua majestade (Sl 8.1).

Pai que estás nos céus, supra nossas necessidades, perdoa nossos pecados e preserva-nos do mal, pois teu é o reino, o poder e a glória, pois tu és o Senhor de todos, rico para com todos os que te invocam (Rm 10.12). Ninguém pode perdoar pecados, senão tu somente (Mc 2.7); que tua força se engrandeça em perdoar nossos pecados (Nm 14.17); e como é a glória de Deus perdoar pecados (Pv 25.2) e assistir o desamparado, assiste-nos, ó Deus e Salvador nosso, pela glória do teu nome; livra-nos e perdoa-nos os pecados, por amor do teu nome (Sl 79.9).

Nós desejamos em todas as nossas orações louvar a ti, pois tu és grande e mui digno de ser louvado. Nós louvamos o teu reino, pois ele é o de todos os séculos, e subsiste por todas as gerações (Sl 145.3,13), e cetro de equidade é o cetro do teu reino. Amas a justiça e odeias a iniquidade (Sl 45.6,7). A ti, Senhor, pertence a graça, e a cada um retribuis segundo as suas obras (Sl 62.12). Nós louvamos o teu poder, pois o teu braço é armado de poder, forte é a tua mão, e elevada, a tua destra, e ainda justiça e direito são o fundamento do teu trono; graça e verdade te precedem (Sl 89.13,14). Nós louvamos a tua glória; que a glória do SENHOR seja para sempre (Sl 104.31)! Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo; como era no princípio, é hoje e para sempre (Gloria Patri). Ó, que Deus seja louvado no seu santuário e louvado no firmamento, obra do seu poder. Que ele seja louvado pelos seus poderosos feitos e louvado consoante a sua muita grandeza. Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia (Sl 150.1,2,6)!

Larry Lea, livro “Nem uma hora” da Editora Betânia.

Oração por Matthew Henry. © 2016 Matthew Henry. Original: Pray the Bible. Tradução de André Aloísio Oliveira da Silva.

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