Santificando o Nome de Deus

 

Já observou que o Pai Nosso começa e termina com expressões de louvor? É que nós temos de entrar por suas portas com ações de graça, e nos seus átrios com hinos de louvor (Sl 100.4). E Jesus estava ciente disso quando deu a seus discípulos essa instrução: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome.” (Mt 6.9.) Pela fé, dizemos “Pai”; pelo amor, dizemos “nosso”.

O Deus criador onisciente, onipotente, vivendo na eternidade, convida a todo que crê a que o chame de Pai. “Santificado” é um termo de adoração e louvor. Esta frase: “Santificado seja o teu nome” expressa um ardente desejo de que o nome de Deus seja reconhecido, santificado e adorado. Muitas vezes nos esquecemos de que o nome do Senhor pode ser santificado ou profanado pela nossa conduta. Existem alguns escritos dos antigos que explicam que, como a morte sacrificial de um crente não raro levava outros a glorificar o nome de Deus, a expressão hebraica que significa “santificar o nome” frequentemente era entendida como “morrer por causa de sua fé”.  Que verdade extraordinária! Podemos santificar a Deus tanto com palavras de adoração, como vivendo uma vida santa (Mt 5.16). 

Sempre que Deus queria fazer uma revelação especial a respeito de si mesmo, empregava o termo Jeová. Por ele, revelava-se como o Deus eterno e verdadeiro, aquele que é imutável, que tem existência em si mesmo. Por ocasião do diálogo de Deus com Moisés na sarça ardente (Êx 3.13-15), ele lhe faz uma revelação especial de si mesmo, na qual ficam claros a origem e o significado do nome Jeová. Durante os quatro séculos em que os filhos de Israel viveram em cativeiro no Egito, eles criam na existência de Deus, mas não gozaram de sua presença experimentalmente.

Nessa ocasião, então, Deus diz a Moisés que ele próprio descera para libertar pessoalmente seu povo da opressão, e conduzi-lo à terra prometida. Mas, para que seu servo Moisés pudesse liderar o povo, primeiro teria que saber quem Deus era e é. Quando o Senhor se revelou a Moisés dizendo: “Eu Sou o que Sou”, atribuiu a si mesmo um nome que os escribas hebreus consideravam por demais sagrado para ser pronunciado em voz alta. Então utilizavam apenas as consoantes YHWH ou JHVH, que, por extenso, seriam escritos assim: Yavé ou Jeová. O nome Jeová não define apenas a existência de Deus, mas também sua presença, em pessoa, e perto de nós. Revela sua disposição de salvar seu povo e operar em favor dele. Então o nome Jeová ou “Eu Sou o que Sou” pode ser assim ampliado: “Eu estou contigo, pronto para salvar-te e para operar em teu favor, como sempre estive.”

No Velho Testamento aparecem oito nomes de Deus, compostos formados pelo termo Jeová e um aposto: Jeová-tsidkenu, Jeová-m’Kadesh, Jeová-samó, Jeová-shalom, Jeová-rafá, Jeová-nissi, e Jeová-roí. Cada um deles revela um aspecto do caráter e da natureza de Deus.

Em Êxodo 6.3,4, Deus menciona o nome Jeová associado à sua aliança com Abraão, Isaque e Jacó. Mas seus oito nomes compostos, citados no Velho Testamento, também correspondem a cinco promessas que ele faz a seu povo no Novo Testamento ou Nova Aliança. Esses nomes de Deus não só indicam diversos aspectos de seu caráter, mas também revelam o cumprimento deles na pessoa e obra de Jesus Cristo.

E quais são as cinco promessas ou bênçãos que correspondem aos nomes de Deus? Quais foram as cinco bênçãos reveladas pelo sangue derramado no altar?

As bênçãos que recebemos por intermédio da nova aliança abrangem cinco áreas importantes:

  1.  pecado — o perdão dos pecados e a libertação do domínio dele;
  2. Espírito Santo — a plenitude do Espírito;
  3. saúde — a promessa da cura e da saúde;
  4. libertação — somos libertos da maldição da lei, pela qual temos falhas e fraquezas; 5) segurança — somos libertos do temor da morte e do inferno.

Larry Lea diz que “quando o Espírito de Deus me revelou as bênçãos que recebemos através do sangue de Cristo, entendi o porquê de dizermos: “Pai nosso, que estás nos céus; santificado seja o teu nome.”

–Trecho do livro Nem uma hora, de Larry Lea, Editora Betânia.

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