Toda vez que você se aventurar em sua vida de fé, encontrará algo em suas circunstâncias que, do ponto de vista do bom senso, contrariará plenamente a sua fé. Afinal, bom senso não é fé e fé não é bom senso.
De fato, eles são tão diferentes quanto a vida natural e a vida espiritual. Você é capaz de confiar em Jesus Cristo nas áreas em que o seu bom senso não consegue confiar? Você é capaz de aventurar-se com coragem nas palavras de Jesus Cristo, enquanto os fatos da vida racional continuam gritando: “Isso é tudo mentira?” Quando você está no cume do monte, é fácil dizer: “Ó, sim, creio que Deus possa fazer isso”, mas você tem de descer ao vale que está cheio por demônios e encarar a realidade que ridiculariza sua crença no “Monte da Transfiguração” (Lucas 9.28-42).
Toda a vez que a minha teologia se torna clara em minha própria mente, encontro algo que a contradiga. Tão logo eu afirmo: “Creio que Deus suprirá todas as minhas necessidades”, minha fé é provada (Filipenses 4.19). Quando a minha força se esgotar, e a minha visão se turvar, será que suportarei esta prova à minha fé e terei vitória ou eu recuarei derrotado?
A fé deve ser provada, porque ela só pode tornar-se intimamente sua pelo conflito. O que desafia a sua fé neste momento? O teste irá provar se a sua fé está firme, ou se a provação a matará. Jesus disse: “Bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Mateus 11.6).
O fator essencial é a confiança em Jesus. “Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança…” (Hebreus 3.14). Creia firmemente nele, e tudo aquilo que o desafiar fortalecerá a sua fé. Há provas contínuas à vida de fé até chegar à morte física, que é o teste maior. Fé é confiança absoluta em Deus- confiança que jamais imaginaria que Ele nos abandonará (Hebreus 13.5,6).
Oswald Chambers
Tudo para Ele, Editora Betânia.