por Ilaene Schüler
Dos muitos convites que recebi em minha vida, o convite que mais me surpreendeu foi o convite de Jesus para que eu O seguisse. Sim, um convite inédito. O convite de Jesus para o seguir passa por morrer para si mesmo e por tomar nossa cruz. Ser batizado na morte de Jesus (Rm.6.3) significa deixar de existir. Ninguém experimenta a completa santificação sem passar pelo sepultamento espiritual de sua velha vida.
É preciso que haja esse enterro. É preciso vivenciar esta morte que tem um ressurgimento com a vida de Jesus Cristo. Assim, se estabelece uma comunhão perfeita com Deus e nada pode nos separar desta vida com Deus.
“Como pode um homem nascer, sendo velho?” perguntou Nicodemos a Jesus (Jo 3). “Uma pessoa pode nascer de novo em Jesus quando ela estiver suficientemente velha para morrer. Morrer completamente para todos os seus direitos, para suas virtudes, para sua religião, para tudo e receber em si mesmo uma vida que nunca possuiu antes” Oswald Chambers.
Bem-vindo ao Discipulado na vida, nosso compartilhar de hoje está baseado no Estudo Segundo princípio do discipulado: Batizando do Módulo Como ser um bom discipulador, da Bíblia do Discipulado da SBB.
O batismo é uma expressão visível de que morri para mim mesma, e agora tenho uma nova vida. Fomos sepultados com Jesus no batismo (Cl 2.12). Mas, ao colocar o batismo no contexto do discipulado, em Mateus 28, Jesus traz para nós a dimensão de que somos batizados num só corpo, como nos diz Paulo aos Coríntios. Com isso, a ordem de Jesus não é só para batizar as pessoas, mas integrá-las no Corpo por meio do discipulado, levando-as à maturidade.
Porém, em muitas igrejas tão logo as pessoas se convertem e são recebidas pelo batismo, elas não são não sendo integradas na vida da comunidade. Depois de algum tempo acabam se decepcionando, perdendo o seu entusiasmo inicial e abandonando a igreja.
João fala, em sua carta de 1 João, dessa comunhão com Deus e da comunhão com os irmãos no contexto da igreja cristã. João tivera um contato físico com Jesus e estava testificando da realidade de seu ministério àqueles que não haviam visto ou apalpado a Jesus (Jo 20.30-31). Na sua primeira epístola João queria ensiná-los que, mesmo sem o contato físico com Jesus, eles também tinham comunhão com o Pai e com o Filho (1 Jo 1.1-3), além de comunhão com os irmãos (1 Jo 1.7).
João diz que se andarmos na luz, ou seja, se tivermos uma conduta pautada pela luz, então não só temos comunhão com Deus (1 Jo 1.6), mas temos comunhão com os irmãos também (1 Jo 1.7). Essa comunhão é muito mais profunda e significativa do que um cafezinho após o culto para colocar em dia a conversa.
Assim como comunhão com Deus se expressa numa intimidade singular, essa ligação íntima se estende à relação horizontal com os irmãos. O batismo e a ceia apontam para essa comunhão uns com os outros. Essa união sinalizada tanto pelo batismo como pela ceia é mais forte do que outros relacionamentos terrenos. Um exemplo é o casamento, que por mais sublime e maravilhoso, a morte nos desliga dessa união. A comunhão com o corpo de Cristo, todavia, não é rompida nem na morte. Até com os cristãos que já estão mortos nós temos uma ligação imperdível!
Estamos inseparavelmente unidos a Deus e aos seus filhos. Alegremo-nos nisso! Aleluia!
Deus nos deu diversos meios de experimentarmos essa comunhão com os irmãos. Usemos todos os meios virtuais que nos são cabíveis agora para ensinar as Escrituras e encorajar uns aos outros à perseverança. Porém, estes meios não devem servir como substitutos do encontro presencial ou culto público. Logo que possível volte a se reunir novamente, seja no culto público ou em seu grupo de discipulado ou célula, e desfrute de uma profunda comunhão com seus irmãos.
Procure desenvolver iniciativas de discipulado em sua igreja local promovendo uma comunhão mais profunda e edificação mútua intencional.
Eu sei que foi pago um alto preço, para que contigo eu fosse um meu irmão….
Como é precioso, irmão, estar bem junto a ti. E juntos lado a lado andarmos com Jesus…
A aliança do Senhor que eu tenho com você, Somos um no amor de Jesus. E na força do Espírito Santo nós proclamamos aqui que pagaremos o preço de sermos
Um só coração no Senhor!
Meu compromisso com Jesus e com meu microgrupo de discipulado a partir deste estudo:
- Comunicar a nossa igreja meu compromisso com o Corpo de Cristo e com tudo que implica fazer parte deste Corpo.
- Priorizar logo que possível os encontros presenciais, em detrimento dos virtuais, com as pessoas com quem tenho comunhão.