COVID-19: “Oportunidade Inédita para Fazer Discípulos”

Entenda como o tempo de quarentena pode ajudá-lo a redefinir prioridades, reavaliar o seu estilo de vida e a “amarrar” o gigante do ativismo frenético.

 

Milagres acontecem!

Pense no seu pastor ou pense em si mesmo, caso atue como pastor. Ao pensar, o que vem à sua mente envolveria a chance de Deus verdadeira e profundamente podar você? Ele refazendo-o de dentro para fora, tirando o vício do ativismo, o costume de estar sobrecarregado e sempre tendo mais para fazer? Muitos obreiros cristãos já fizeram algum tipo de paz incômoda com seu ativismo, vivendo em algum nível de esgotamento. Pensar em sair disso parece um sonho ou fantasia.

Deus está fazendo um milagre em sua vida?

Agora imagine Deus intervindo dessa maneira com todos os pastores de toda a sua cidade ao mesmo tempo!

Todo o seu país.

Todo o seu continente.

O mundo inteiro!

Milagres acontecem!

O gigante do ativismo

Paulo nos diz que existem principados e poderes espirituais. Um deles pode muito bem ser o espírito de ativismo ou performance. A maioria das mais ardilosas estratégias de Satanás não são ataques flagrantes de pecaminosidade. O inimigo apenas distorce algo que vem de Deus o suficiente para roubar, matar e destruir, em vez de trazer vida, na verdade, vida abundante (João 10.10).

Temos uma janela onde o Principado ou Poder de Ativismo ou Performance está amarrado. É a janela da quarentena. Para muitos de nós, ela pode durar de dois a quatro meses. O que Deus quer fazer nessa janela? O que ele quer fazer em nós neste tempo estranho? Seria possível matar esse gigante espiritual para que ele não volte a nos dominar de novo em alguns meses?

Quando a quarentena acabar, a maioria dos pastores e líderes cristãos, assim como a maioria dos líderes seculares, se apressará para compensar tudo o que não conseguiu fazer nesses meses. Muitos cairão ainda mais nas garras do Gigante do Ativismo.

Jesus: nosso modelo de equilíbrio

Jesus vivia apressado? Ele corria de um lugar para outro? Ele tinha uma lista interminável de tarefas? Ele andava pressionado a terminar algo para poder passar para a próxima coisa? Ele tinha 49 prioridades?

Dizemos que queremos ser como Jesus. Muitos de nós, líderes cristãos, até acreditamos nisso. Mas é verdade? Preferir a simplicidade e viver por prioridades divinas são características que nos marcam assim como marcaram o estilo de vida de Jesus?

Jesus tinha duas missões a cumprir: uma pela sua vida e outra pela sua morte. Em suas últimas horas, ele declarou ambas as missões concluídas. Todas as pessoas foram curadas? Não. Todos em Israel ouviram, entenderam e acreditaram em sua mensagem? Não. Todos os demônios foram expulsos? Não. Todos os relacionamentos foram restaurados? Não.

A missão de Jesus, através de sua morte, foi a redenção. Suas palavras na cruz? “Está consumado (terminado)!”

A missão de Jesus, através de sua vida, foi fazer discípulos. Em sua última noite, ele declarou: “Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer” (João 17.4). Que obra? Os comentaristas variam em suas perspectivas. Mas o contexto é explícito — no restante de sua oração em João 17, Jesus dá um relatório ao Pai sobre essa obra –, a formação de seus discípulos.

Um chamado à transformação

As circunstâncias ao derredor do coronavírus abre para nós a possibilidade de transformação. Deus pode realizar um milagre em nossa alma. Ele pode nos libertar do gigante espiritual descrito acima. E ele pode nos chamar mais claramente do que nunca para abraçar a missão de Jesus: fazer discípulos. Podemos ajudar os seguidores de Jesus a serem amantes apaixonados por ele, dispostos a deixá-lo mudá-los de dentro para fora e abraçar o desafio de seguir sua missão, seu caminho.

Um dos maiores argumentos contra a formação de discípulos sempre foi “não tenho tempo”. Mesmo para aqueles que não dizem isso, vivem assim. A formação de discípulos é algo que se encaixa na margem de nossa vida excessivamente cheia e freneticamente ocupada.

O orgulho

Deus está nos convidando a mudar. No espírito das cartas às igrejas em Apocalipse, ele está fazendo mais do que convidar. Ele está pedindo arrependimento. Quando fazemos tudo e qualquer coisa menos fazendo discípulos, nós falhamos com ele, e falhamos com a igreja. Relegamos a formação de discípulos a algo que se faz com novos crentes e jovens. Muitos de nós recusamos ser discipulados no sentido de ter um discipulador ou mentor. Um segundo gigante espiritual que nos amarra é o do orgulho.

O problema com esse gigante, principado ou poder é que ele tem uma vantagem extra. Seu trabalho é inconsciente. A pessoa orgulhosa é a última pessoa a perceber que tem um problema. A maioria dos líderes cristãos não leva a sério ser discipulado ou orientado. Como crianças de dois anos ou adolescentes, nosso grito de guerra inconsciente é: “Eu posso fazer isso sozinho!”

O problema é maior do que parece.

O único que pode fazer discípulos é um discípulo. A Grande Comissão de Mateus 28 não começa no versículo 19 com “Vão e façam discípulos”. Nem começa no versículo 18 com as palavras “toda a autoridade no céu e na terra me foi dada”. O parágrafo começa no versículo 16 com quatro palavras simples: “Então os onze discípulos”.

Este é o fundamento oculto da Grande Comissão: apenas discípulos podem fazer discípulos. Os professores do seminário podem produzir estudantes da Palavra e até professores. Pastores esperam produzir crentes. Mas somente discípulos podem fazer outros discípulos.

Nosso chamado

Neste momento único da história, Jesus está nos chamando de volta para si e para sua missão. Se pudermos obter uma nova visão de Jesus (como Isaías em Is 6) e uma nova visão de sua missão e chamado, poderemos mudar a história.

Se não o procurarmos como nunca, se nos concentrarmos em nossa sobrevivência mais do que qualquer outra coisa neste deserto do COVID-19, morreremos. Biblicamente, o deserto nos limpa, purifica e refina. O povo de Israel nos ensinou isso. Resista ao deserto, cuide apenas de si mesmo, apegue-se à forma como sempre fez as coisas e morrerá. Abrace o deserto e as mudanças dolorosas que exige, e será transformado.

Se abraçarmos a poda de Deus, passaremos de enfocar atividades e reuniões para enfocar pessoas. Umas poucas pessoas: “Aqueles que me deste” (João 17.6). Todo líder tem um chamado. E esses chamados são os mais variados. Mas o que permeia a todos é o chamado singular de Jesus: fazer discípulos. Ele não é um dom dado a alguns; é a Comissão dada a todos que amam a Jesus e colocam sua vida em seu altar.

Isso não é apenas uma reorientação ou ajuste. É um novo paradigma.

É um divisor de águas. Para você. Para a sua igreja.

Para sua denominação. Para o seu país.

A favor do Reino. A favor do Rei Jesus Cristo.

Você não pode fazer isso sozinho. Ninguém muda significativamente sozinho. Nós precisamos uns dos outros.

Compartilhe este artigo com as pessoas próximas a você e ore a respeito juntos. Precisamos desesperadamente ouvir de Deus. Uma palavra profética genuína. Atos 2.17-18 talvez nunca tenha sido mais importante na história humana desde o Pentecostes.

Deus está falando conosco.

Tire um tempo para ouvir.

Fique atento a ele.

Ao seu discipulador / mentor.

Aos seus discípulos / mentoreados.

PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO E APLICAÇÃO

Individualmente ou em grupo pequeno

1. O que mais chama sua atenção?

2. Qual “gigante” é mais problemático para você?

3. Que passos você poderia dar para avançar?

À medida que desenvolvemos essa rede nacional e mundial de discipuladores, deixe-nos saber o que você pensa! Compartilhe histórias, recursos e oportunidades em disciple-making@worldea.org e ilaene@sepal.org.br.

 

 

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