Entenda como sua influência positiva e responsável pode ser o diferencial na vida dos líderes do futuro
Reflexão extraída do livro
“Homem do reino”, escrito por Tony Evans (Ed. Mundo Cristão)
Escondido entre uma genealogia bíblica e outra, encontramos o exemplo de um mentor que impactou sua comunidade. O nome dele é Aser, cujo significado hebraico é “aquele que é feliz”. Condizente com seu nome, Aser foi um homem satisfeito e contente que teve quatro filhos e uma filha. Por causa de sua influência na vida daqueles que o cercavam, registra-se acerca de Aser aquilo que não é registrado sobre ninguém nas genealogias. Lemos: “Todos estes foram filhos de Aser, chefes das famílias, escolhidos, homens valentes, chefes de príncipes, registrados nas suas genealogias para o serviço na guerra; seu número foi de vinte e seis mil homens” (1Cr 7.40, RA).
O legado de Aser se distingue dos outros pois a Bíblia conta que cada um de seus filhos se tornou chefe de príncipes. Em essência, Aser mentoreou líderes que foram posicionados para influenciar o reino como mentores também. O príncipe é alguém que se prepara para ser rei. Ao influenciar príncipes, os filhos de Aser influenciaram a sociedade.
Uma das melhores coisas que meu pai incutiu em mim quando eu era criança, em um país arrasado pela disparidade e pela injustiça racial, foi que eu não deveria me identificar primeiramente por minha etnia, mas, sim, por minha cidadania. Papai sempre me instruiu a lembrar que, pelo fato de eu ser cidadão do céu e filho do Rei, sangue real corria por minhas veias. Quando as pessoas me xingavam de nomes preconceituosos ou não me tratavam com justiça, ele me lembrava de que isso não refletia quem eu era. Refletia apenas o que aquela gente deixava de reconhecer: que eu era um príncipe.
Homem, há um mundo de príncipes em nossa sociedade hoje. Eles não têm ninguém que os informe disso, ao contrário de mim, pois meu pai me informou. Não há ninguém para estudar a Bíblia com eles, levá-los para a igreja, corrigi-los quando erram, ensiná-los sobre a vida e sobre como tratar uma garota. Ninguém lhes mostra o que significa ser responsável e tomar decisões sábias. A consequência disso é uma espécie de castração espiritual. Sua realeza lhes foi tirada por uma cultura que não os reconhece como príncipes.
O que nossa sociedade necessita hoje é de homens que se levantem e sejam como Aser e seus filhos — homens que se posicionem como “chefes de príncipes”. Se isso não acontecer, continuaremos a enfrentar gerações de homens que não sabem como se portar no reino de Deus, nem nesta terra.
Na verdade, a mentoria é tão essencial para a transformação de homens e meninos que, na história, toda vez que um garoto é separado para ser rei, muita gente se dedicava a treinar esse menino e ensiná-lo a ser rei. Contudo, em algum ponto da jornada, passamos a acreditar que os príncipes do reino de Deus não necessitam de nenhum tipo de treinamento significativo.
Com a crescente ausência de pais em nossa terra — nas esferas espiritual, física ou emocional — outros precisam se levantar como pais adotivos para formar a próxima geração de homens. E se nós, do corpo de Cristo, não o fizermos, os músicos, a indústria do entretenimento ou os colegas preencherão esse vazio. […]
Com a crescente ausência de pais em nossa terra — nas esferas espiritual, física ou emocional — outros precisam se levantar como pais adotivos para formar a próxima geração de homens. E se nós, do corpo de Cristo, não o fizermos, os músicos, a indústria do entretenimento ou os colegas preencherão esse vazio.
Com muita frequência, chamamos de órfãos apenas aqueles que sofreram a morte de um dos pais ou de ambos, mas negligenciamos os órfãos espirituais, ou aqueles cujo pai os abandonou em termos relacionais, emocionais ou físicos. Uma criança que não conta com a influência positiva e a presença de um pai — esteja ele vivo ou morto — está sem pai. É isso que significa ser órfão. O que necessitamos fazer é abrir os olhos para enxergar a multidão de órfãos bem à nossa frente. Às nossas portas estão aqueles que foram deixados por conta própria, sem ninguém para lhes ensinar sobre a vida, nem criá-los. Os garotos que precisam de pais adotivos — de mentores — não são meros meninos, mas, sim, príncipes. •
Evans, Anthony T. Homem do Reino: o destino de todo homem, o sonho de toda mulher. 1 ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2018. Pgs. 255-258.
Saiba mais!
O texto que você acaba de ler foi extraído do livro Homem do Reino: O destino de todo homem, o sonho de toda mulher, lançado no Brasil pela Editora Mundo Cristão. Na obra, Tony Evans, pastor, palestrante, autor e doutor em teologia pelo Seminário Teológico de Dallas, chama o leitor à responsabilidade para enfrentar os desafios do cotidiano, na certeza de que Deus pode qualificá-lo para ser um líder autêntico. Franco, bíblico e revelador, o livro é um alerta urgente e necessário para que o homem cristão deixe de negligenciar o relevante papel que Deus a ele confiou e se empenhe para deixar uma marca positiva na família, no trabalho, na igreja e na sociedade.