- Você sente que precisa esconder suas emoções reais. Você tem medo de parecer fraco ou vulnerável diante dos outros?
- Você se culpa por não ser sempre produtivo. Descansar ou tirar uma pausa faz você sentir que está “falhando”?
- Você evita conversas profundas. Prefere respostas rápidas e otimistas em vez de refletir sobre situações difíceis?
- Você busca validação através da performance. Você sente que só é valorizado quando está “no controle” ou sendo “forte”?
No planejamento para um novo ano, procuro buscar um ritmo de vida saudável equilibrando vida e ministério. Mas, facilmente depois de dois a três meses, percebo que muitas das minhas resoluções de início de ano sobre descanso e equilíbrio na agenda já se perderam no meio de tantas demandas. Então, vem a pressão interna e externa para conta de tudo e “ser forte” o tempo todo.
Estamos cercados por uma cultura que Byung-Chul Han, no livro Sociedade do Cansaço, fala desta cultura de obsessão pela produtividade e a mentalidade de “você pode tudo”. Esta cultura não só nos esgota fisicamente, mas também espiritualmente. Pois, nos força a esconder nossas fraquezas, ignorar nossos limites e negar nossos momentos de dor.
Aceitar que temos limites não é sinal de fraqueza, mas de sabedoria. Nossos limites são parte da criação divina, um convite para dependermos de Deus e buscarmos ajuda.
Quando reconhecemos que não podemos tudo, abrimos espaço para Deus trabalhar em nós. Como o apóstolo Paulo escreveu: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” (2 Co 12.9)
Jesus mesmo nos mostrou que ser humano é abraçar as emoções plenamente. “A minha alma está profundamente triste até a morte; fiquem aqui e vigiem comigo.” (Mt 26.38)
Jesus, mesmo sendo perfeito, não escondeu Sua tristeza e angústia. Ele compartilhou Sua dor com os discípulos e derramou Seu coração ao Pai.
Às vezes, basta reconhecer os sentimentos e entregá-los a Deus em oração. Experimente dizer: “Senhor, hoje estou triste, mas confio que o Senhor cuida de mim.”
Compartilhar nossa dor ou fraqueza pode ser uma forma de cura, pois na igreja somos chamados a “levar as cargas uns dos outros” (Gl 6.2).