Uma visão de ministério geracional

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por Rob Rienow

Que visão maravilhosa! Quero ser um pai assim. Quero contar aos meus filhos todas as obras admiráveis do Senhor para que eles contem aos filhos que ainda nem nasceram. No cerne do avanço do Evangelho está o chamado aos pais para inculcar no coração dos filhos o amor por Deus e por sua Palavra.

Em Salmo 78.1-7, vemos um quadro do tremendo impacto que as famílias podem ter para avançar o Reino de Deus:

Escutai, povo meu, a minha lei; prestai ouvidos às palavras da minha boca. Abrirei os lábios em parábolas e publicarei enigmas dos tempos antigos. O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do Senhor, e o seu poder, e as maravilhas que fez. Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes; para que pusessem em Deus a sua confiança e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe observassem os mandamentos.”

A igreja nasce em Atos 2 com uma visão multigeracional.

Os discípulos compreenderam que o primeiro passo prático do Evangelho era incutir um amor por Deus no coração dos filhos. Em Atos 2, Deus fez o lançamento de sua igreja, e Pedro pregou um magnífico sermão evangelístico, que terminou assim: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar” (At 2.38-39).

Você, seus filhos e o mundo! Essa é a ação tríplice do Evangelho que encontramos de capa a capa nas Escrituras. A prioridade máxima da vida cristã é discipular os próprios filhos e membros da família, servindo e ministrando a eles. Porém, homens e mulheres cristãos muito bem-intencionados estão dando tudo o que têm, de coração e alma, para dirigir programas na igreja e na comunidade, sendo que nunca se sentam para ler as Escrituras ou conversar sobre o Reino de Deus em casa com os próprios filhos.

Eu conheço esse tipo de cristão muito bem. Eu mesmo era assim. Eu entregava meu coração e alma ao ministério pastoral na igreja, enquanto minha esposa e meus filhos ficavam com a sobra. Estava vivendo uma vida superficial, fora do padrão bíblico e, mesmo assim, recebia elogios e reconhecimento por meu ministério público. Tenho conversado com muitos pastores e missionários que já “discipularam” centenas de pessoas, mas perderam os próprios filhos. Alguns até mesmo foram aconselhados: “Confie seus filhos ao Senhor! Você precisa focar no ministério”.

Em nenhum lugar nas Escrituras, Deus ordena os pais a abdicarem o treinamento espiritual dos filhos em favor de outros para poderem “focar no ministério”. Pelo contrário, Deus chama seu povo para começar o ministério do Reino em casa!

Publicado originalmente em Revista Impacto

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