Módulo Barnabé discipula Paulo – Estudo 6.6.1
por Ilaene Schüler
“Quando dentro de mim esmorece o espírito…” diz Davi, no Salmo 142. Geralmente vemos os pontos positivos de Davi na caverna, pois ele tem a oportunidade de matar Saul e não o faz porque o reconhece como ungido de Deus. Nesta caverna ele reúne os trezentos homens que o seguem nas batalhas. Mas, é aqui nesta caverna que ele escreve este Salmo onde reconhece o esmorecimento se mostrando vulnerável. Neste buraco da caverna Davi encontra Deus.
Quando falamos em sermos encorajadores de outras pessoas, como Barnabé foi de Paulo, somos lembrados que qualquer encorajamento começa com a pessoa reconhecer a necessidade e gritar por ajuda. Muitos no desânimo não conseguem dar este grito e pedir ajuda.
Barnabé recebeu este apelido porque representa como os demais o veem. Não é ele que se autointitula “Consolador”. Veja como Barnabé lida de forma desprendida com a questão financeira e é referência para os outros, ao contrário de Ananias e Safira, que é citado no capítulo logo em seguida. O ministério flui de quem somos.
Barnabé olhava para fora de si, sua vida existia para elevar aos outros, levando-os a viver os sonhos de Deus para sua vida.
Deus colocou dentro de cada um de nós uma semente que contém nossa missão, nosso DNA, nosso potencial e nosso destino. Esse sonho é nosso dispositivo de direção.
Cada um de nós traz um tesouro em vaso de barro. A intenção de Deus é que essas riquezas sejam descobertas e manifestas a fim de revelar a Sua glória, não a nossa. O potencial dentro de mim nunca é o que já fiz, mas sempre será o que ainda posso fazer.
Deus nos criou bem antes de nos formar (Jr 1.5). E na plenitude de seu tempo, Ele inseriu uma semente cheia de potencial em nossa alma e delicadamente colocou-nos no ventre de nossa mãe.
Parte do milagre dos sonhos é o tempo pelo qual Deus opera para transformá-lo em realidade. Esse milagre requer minha cooperação em cada passo ao longo do caminho, não numa atitude neutra ou ignorância.
Estou em meio a um milagre neste momento da minha vida. Descobrindo o sonho de Deus no meu coração em formar pastores discípulos e discipuladores que levam suas igrejas a ser saudáveis e discipuladoras.
Quero morrer vazia e dizer como Paulo: “Está próximo o tempo de minha partida. Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.” 2 Tm 4.6-7
Deus colocou em cada um de nós um tesouro de que esta geração desesperadamente precisa. Será que o cemitério herdará esta riqueza? Você privará esta geração dos sonhos que você tem? Você destruirá esta geração e a próxima levando o tesouro que Deus lhe deu para o cemitério? Grande é este desafio! E uma vez que tenho consciência dele não posso me omitir.
Jesus veio como um liberador de sonhos. Devemos ser jardineiros hábeis de Jesus que liberam o potencial das sementes de Deus na vida das pessoas fazendo-as crescer, florescer e frutificar e, assim realizando os propósitos de Deus para sua vida. Eu existo para os propósitos de Deus e não para os meus propósitos.
Jesus recusou-se a descartar Pedro com um impostor ou vê-lo como apenas um pescador arrogante. Ele se recusou a desistir de seu impetuoso seguidor. O Senhor sabia que neste frágil vaso estava escondido o líder da igreja primitiva. Jesus viu a Pedro não como ele era, mas como ele poderia ser. Barnabé viu a Paulo não como ele era, mas como ele poderia ser.
Você tem sido um “Barnabé”, um liberador de sonhos na vida de quem?
Quem tem sido um “Barnabé”, um liberador de sonhos em sua vida?
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