Criando um legado, fazendo história

Módulo Eliseu como discípulo e discipulador – Estudo 6.4.7

por Ilaene Schüler

(2Rs 8.1-6; Mt 26.6-13)

Gosto de ouvir histórias. Elas revelam muito de quem as pessoas são. Ouvi recentemente de um pastor sua história de fé de ir para o seminário teológico ainda jovem sem ter os recursos financeiros suficientes, mas tinha convicção divina de que deveria ir. E Deus proveu seus recursos e este pastor anos mais tarde se tornou um líder relevante em sua denominação. Enquanto, ele contava  esta e outras experiências eu comecei a entender como a fé dele foi sendo  edificada a partir de suas experiências com Deus.

Geazi relata ao rei sobre Eliseu porque testemunhou de perto o ministério de Eliseu. De igual forma é contado o que a mulher fez ungindo a Jesus. O que eu faço para Jesus  que inspira outros a fazer  para Jesus também? O que contam sobre o que fiz para Jesus?

O que você poderia fazer para deixar um legado duradouro?

1. Ter clareza da visão que Deus me deu, que se expressa no chamado. Ter clareza de como a visão está se realizando por meio do meu chamado e pode continuar se realizando depois de mim.
2. Identificar pessoas com a mesma visão que podem dar continuidade a visão. O legado é uma continuidade da mesma visão. Para ser assertiva em deixar um legado preciso ser assertiva em entender quem tem a mesma visão.   Deixar um legado não é simplesmente passar o título ou passar a “forma”. É necessário passar o “vinho” e não apenas o odre.  Por isso, um dos critérios de seleção que aprendemos com Jesus são os encontros divinos ouvindo a Deus juntos, porque a visão vem de Deus. O sucessor pode ter características, liderança e estratégias diferentes, mas mantém a mesma visão.
3. O processo de transição é muito importante para deixar um legado. Moises recebeu ordens de passar o bastão a Josué, Elias para passar para Eliseu.

Conforme Robert Clinton, de um líder na etapa dos 35 aos 49 anos deve desenvolver maturidade de vida e de ministério. E dos 49 aos 63 anos o líder faz o que ele chama de convergência.  Infelizmente nem todos os líderes chegam a fase da convergência, que é onde ele une o conjunto de dons às suas experiências de modo a maximizar o ministério. Há várias razões para isto, às vezes pela sua própria falta de desenvolvimento pessoal. Em outras ocasiões, a organização pode atrapalhar o líder mantendo-o em uma posição que o limita.

É na convergência que intencionalmente vou “passando” o bastão para a geração seguinte.  Com isso vou assumir um novo papel ministerial como alguém que prepara intencionalmente seu sucessor ou sucessores.

Edmund Chan relata: “Eu tinha apenas 53 anos quando transitei para abrir caminho para a sucessão de liderança. Quanto mais eu atrasasse a transição, mais curta seria a pista que teríamos para transitar com sucesso para a terceira geração!”

Ele fez a transição da liderança na sua igreja local em Singapura aos 53 anos para ter tempo hábil de poder acompanhar a próxima transição de liderança, ficando agora como um pastor sênior da igreja assessorando o novo pastor. É estratégico pensar no seu novo papel após a transição.

O sucessor de Edmund Chan, Reverendo Tony Yeo  relata: “Se você está mudando para um novo ministério ou se aposentando após anos de serviço, transferir a liderança é uma parte inevitável da jornada. Quando a sucessão de liderança é tratada corretamente de acordo com os princípios bíblicos, pode estabelecer o fundamento adequado para a próxima geração e lançar a igreja suavemente para as próximas fases do propósito divino de Deus.”

Seja pastor de igreja local ou de denominação, ou líder de grupos de discipulado, pequeno grupo ou equipe de ministério todos precisamos pensar em um processo intencional de formar novos líderes, eles serão nosso legado. Um dos maiores legado, se não o maior, é a formação de discípulos.

Ilaene Schüler

Discipulado na Vida – 27/10/2022
Curso: Personagens Bíblicos
Módulo 6.4: Eliseu como discipulado e discipulador
Estudo 6.4.7: Criando um legado, fazendo história

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