Discipulado na Vida – 07/10/2021
Curso: Restauração
Módulo: Batalha Espiritual – Conhecendo o Inimigo
Estudo 5.4.1: A batalha mortal
Ap 12.1-17; Jo 10.10.
Numa guerra, nem sempre a última batalha é a mais importante e a decisiva. Pode ser que uma batalha intermediária tenha sido tão avassaladora que não exista mais como reverter a situação; não restando mais nenhuma esperança de vitória para o exército inimigo, por suas forças terem sido profundamente abaladas. Mas, pode ser que, mesmo assim, outras batalhas ainda sejam necessárias porque o inimigo pode insistir em lutar, recusando-se a reconhecer sua derrota. Foi exatamente isto o que aconteceu na Segunda Guerra Mundial. A batalha decisiva, que ficou conhecida como o “Dia D”, não foi a última. Mas a vitória alcançada pelas forças aliadas naquela batalha foi tão tremenda que já não havia mais como as forças inimigas reverterem o quadro. As batalhas que se seguiram serviram para consolidar uma vitória que já era certa.
Conhecer mais sobre as três maiores e mais importantes batalhas da história pode nos ajudar a compreender melhor a natureza e a dinâmica de nossas próprias batalhas espirituais: 1. A Batalha inicial que aconteceu no Jardim do Éden. 2. A Batalha decisiva que aconteceu na Cruz do Calvário. 3. E a Batalha Final do Armagedom. A humanidade perdeu a primeira batalha, mas a redenção veio na grande e decisiva batalha que foi travada na cruz. No entanto, por mais devastadora que tenha sido esta vitória, a guerra ainda não terminou e segue até o Grande Dia do Senhor, que se dará por ocasião da Segunda Vinda de Cristo. O Reino de Deus já foi inaugurado, Jesus já foi entronizado, e está colocando um a um os inimigos debaixo de seus pés, mas o último inimigo só será destruído por ocasião da Segunda Vinda. Observe que a Segunda Vinda de Jesus marca o ápice e não o início do Reino de Jesus neste mundo. Até lá, há muitas batalhas a serem travadas no poder e na confiança Daquele que já venceu as trevas. Aleluia!
O centro de todas as batalhas espirituais reside na questão de nosso relacionamento com Deus e não numa queda de braço entre as forças do bem e do mal, pois, embora Satanás seja maior e mais poderoso do que o homem, ele é infinitamente menor do que Deus. Jamais devemos nos esquecer de que há somente um único Deus eterno e soberano que domina sobre tudo e todos, inclusive sobre Satanás.
Três armas que podem nos ajudar em nossas batalhas espirituais:
“Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram, e mesmo em face da morte, não amaram a própria vida.” Ap 12.11
Primeiro: Crer na obra que Jesus realizou na cruz. Ele derramou o seu sangue, isto é, sacrificou a sua vida para nos salvar. Satanás perde o direito sobre aquele que aceitou Jesus como seu Senhor e Salvador pessoal. E, assim, recebemos uma nova identidade como filhos e filhas amadas do Pai.
Segundo: O testemunho. Onde há o testemunho da fé: “Deus disse”, há também a fé viva que conta com as promessas de Deus. Assim Jesus também venceu as tentações de satanás, testemunhando a veracidade da Palavra de Deus, dizendo: “Está escrito.” (Mt 4.7)
Terceiro: Quem se colocou à disposição de Jesus, não quer mais viver para si mesmo, mas, sim, para aquele que o salvou. Uma vida de rendição, de entrega ao seu senhor. As batalhas são vencidas em meio a um processo humano de nos sujeitar a Deus e resistir ao diabo, para que o sobrenatural da luz de Deus nos encha e o diabo fuja de nós por causa da glória e poder de Deus que habita em nós (Tg 4.7).
Você é muito mais amado do que imagina! Ao mesmo tempo, você também é muito mais perigo do que você pode imaginar. A batalha é mortal. Você é o alvo dessa batalha.
Fazendo este estudo, Deus me lembrou da pergunta: “Se o diabo quisesse te derrotar ou derrubar, em qual área de sua vida ele poderia lhe atingir?”
Com isso fiz uma lista de áreas que preciso intencionalmente ficar atenta para não ser derrotada por Satanás. Eu vivo uma batalha intensa em querer ter controle de situações das quais não tenho e nunca vou ter controle, gerando ansiedade. Outra batalha intensa é ter uma agenda ministerial que expresse as prioridades de Deus para mim, sem me sobrecarregar. Parece que eu tenho uma habilidade de inventar mais trabalho para mim do que eu dou conta de executar, e isto me deixa sem energia, cansada e sem foco. Que luta! Que batalha para consolidar mudanças que permanecem em minha vida. Estou prestando contas em meu microgrupo de discipulado sobre isso.
E você, quais são as áreas de sua vida que você tem mais dificuldade?
Ilaene Schüler