Live Década de Fazer Discípulos:
Fazer Discípulos VERSUS Pequenos Grupos
A live não pretende ser apenas um evento on-line. Ela faz parte de um processo contínuo de crescimento intencional que contará com várias transmissões. Ao assisti-la, os participantes receberão uma tarefa prévia, como também dicas práticas para dar sequência entre uma live e outra. Segue abaixo a leitura como tarefa previa para esta live.
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INTRODUÇÃO
Na MPC temos como enunciado de nossa missão:
Atuar no corpo de Cristo, dedicados e comprometidos com a evangelização de jovens; apresentando-lhes a pessoa, a obra e os ensinamentos de Jesus Cristo e discipulando-os para torna-los membros ativos da igreja.
Nossa missão se fundamenta em dois pontos centrais que as Escrituras nos apresentam sobre a missão que Deus confiou a seu povo, a Igreja.
O primeiro ponto é o evangelho. Nós temos como tarefa a ordem de Jesus Cristo de pregarmos o evangelho. Sendo assim nossa visão é que devemos pregar o evangelho até que “cada jovem/adolescente, em cada país/cidade, tenha a oportunidade de ser um seguidor de Jesus Cristo”.
O segundo ponto é o discipulado. Nós temos como finalidade, ou objetivo, com a pregação do evangelho ver aqueles que são alcançados se tornando discípulos de Jesus, engajados em uma comunidade de discípulos e se envolvendo na missão a partir dela.
Neste ponto é importante compreendermos o que significa a missão.
Na maioria das vezes achamos que se estamos envolvidos com alguma coisa que esteja sendo promovida por nossa igreja, ou uma igreja local, ou denominação, então, estamos envolvidos na missão.
Contudo, isso não é verdade!
Nem tudo que a igreja faz é missão. Muito do que é realizado por várias igrejas hoje é apenas entretenimento para “cristãos”. A Bíblia nos ensina que a missão é de Deus, que Deus está em missão no mundo e que a igreja existe para participar dessa missão que Deus está realizado.
Na verdade, a igreja só é igreja na perspectiva bíblica se ela estiver engajada com essa missão de Deus. Podemos dizer que a igreja é o povo de Deus em missão no mundo.
Veja o que alguns dos missiólogos e teólogos dizem sobre a perspectiva da igreja:
Emil Bruner diz que “a igreja existe para missão, como o fogo existe para queimar”.
Johans Blaw diz que “a única igreja que a Bíblia reconhece é aquela que é enviada ao mundo”.
Dietrich Bonhoffer diz que “a igreja existe para os de fora”.
Leslie Newbegin diz que “a igreja que não faz missão não é participante da redenção de Cristo”.
Mas, a pergunta que precisamos fazer é: qual é a missão que a igreja tem que realizar ou se envolver?
E a resposta para essa pergunta é: fazer discípulos!
Em Mateus 28.16-20 nós lemos:
“Os onze discípulos foram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes indicara. Quando o viram o adoraram; mas alguns duvidaram. Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”.
Há outros textos nas Escrituras que confirmam que a missão da igreja é o discipulado, mas o texto conhecido como a “Grande Comissão” deixa claro e estruturado a missão efetiva que Jesus Cristo tem nos dado.
Assim, se como igreja estivermos fazendo muitas coisas, mas não estivermos fazendo discípulos, nós não estamos verdadeiramente engajados na missão de Deus.
1. O QUE SIGNIFICA SER DISCÍPULO DE JESUS
Observemos que o texto da grande comissão começa dizendo que “os onze discípulos foram para a Galiléia”. Ou seja, aqueles que ouviram a ordem dada por Jesus Cristo para fazerem discípulos, eram discípulos.
Isso significa que não podemos verdadeiramente estarmos comprometidos com o discipulado se não formos discípulos de Jesus Cristo. Apenas discípulos é que podem se comprometer com a missão de fazer discípulos.
Sendo assim, precisamos começar procurando entender o que é ser um discípulo de Jesus Cristo.
Ser discípulo (aprendiz, aluno, seguidor) de Jesus significa assimilar o estilo de vida, valores e ensinamentos na prática cotidiana, nas circunstâncias que se vive, indo muito além de métodos ou participação em alguma espécie de curso de 10 lições. Ser discípulo de Jesus significa que estamos aprendendo a viver a nossa vida a partir da vida dele, pensando como ele, falando como ele e fazendo o que ele faz.
“Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele”. João 6.56
Formalmente o discipulado é caracterizado por ouvir a voz do bom pastor (Jo 10.27), andar junto (Jo 6.66), cooperar com o mestre (Jo 12.26) e dar continuidade à missão do mestre (Jo 20.21).
Praticamente, podemos discernir os conteúdos do discipulado de Jesus, que produzem a identificação com Sua conduta a partir dos seguintes pontos:
1. Um discípulo é alguém que ama a Jesus mais que qualquer pessoa (Lc 14.26; Mt 10.37; Lc 9.59 – 62)
2. Um discípulo é alguém que ama a Jesus mais que qualquer bem (Lc 14.33; 9.57-58; 12.15,33; 18. 22; Mt 6.24,33)
3. Um discípulo é alguém que escolhe a cruz deliberadamente (Lc 14.27; Mt 10.38; Mt 16.24; Mc 8.34,35; Lc 9.23). A cruz na Bíblia é símbolo da vocação de Deus para nós (é personalizada). É libertação! Deve ser tomada dia a dia. Somente depois da cruz é que vem a ressurreição.
4. Um discípulo é alguém que obedece aos mandamentos de Jesus (Jo 8.31; Jo 14.15; Jo 15.10)
5. Um discípulo é alguém que tem profundo amor pelos outros discípulos (Jo 13.35)
6. Um discípulo é alguém que produzir fruto (Jo 15.8; Mt 5.16; Gl 5.22,23; Ef 2.10; Ef 5.8; Rm 7. 22; Rm 7.4). Fruto é todo bem que Deus realiza por nosso intermédio.
O primeiro quesito que precisamos considerar então para fazermos discípulos é se somos discípulos.
II. O QUE SIGNIFICA FAZER DISCÍPULOS
Fazer discípulos é a expressão bíblica que dá o fundamento para o que chamamos de discipulado. Mas o que de fato vem a ser essa tarefa?
Alguns entendem que fazer discípulos é pregar o Evangelho para aumentar o número de convertidos em uma igreja local; outros, que é o cuidado com novos convertidos, os primeiros passos básicos que são passados para aqueles que se renderam ao evangelho, uma espécie de ensino das doutrina básicas; e ainda outros o método utilizado por Jesus com os 12 apóstolos, e que hoje deveria ser usado para formar líderes.
Mas o uso da idéia por Jesus é no sentido de ordenar a vida de cada um de seus seguidores segundo os seus mandamentos. Por isso vemos em Mateus 28.20 a ordem de ensinar a obedecerem a tudo que Jesus ordena.
Assim, discipulado é a formação de pessoas que decidem ser aprendizes de Jesus, de modo que se tornem parecidas com Ele mesmo, em pensamento, conduta, palavras e obras.
Contudo, o termo discípulo não era usado exclusivamente por Jesus, mas tinha um uso comum em sua época, assim como tem na nossa. Dai a importância da referecia de que o discipulado ao qual nos referimos diz respeito a Jesus Cristo (João 9.28; Mateus 9.14).
Segundo o Pr Christian Gillis, se observarmos o ministério de Jesus podemos perceber que:
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Jesus foi chamado: 45x mestre e outros 16 equivalentes (nunca pregador);
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Os atos de Jesus: 45x descritos como ensino; 11x como pregação (sendo 9 junto com ensino);
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A mensagem de Jesus: 39x chamada de ensino; 6 sabedoria (nunca de sermão);
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Dos 184 encontros de Jesus com pessoas, descritos nos Evangelhos:
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54% com pessoas receptivas e 46% com indiferentes ou antagônicos;
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67% com grupos e 33% com indivíduos (raramente os mesmos);
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60% com multidões (discípulos presentes) e 40% só com discípulos;
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70% nas ruas e apenas 30% em casas, templo e sinagogas .
Até aqui podemos concluir que nem todos aqueles que se dizem cristãos são de fato discípulos de Jesus Cristo, muito menos as multidões que se reunirem em nossos encontros. Discípulos são pessoas convocadas pelo poder do evangelho para se submeterem ao governo de Jesus Cristo e experimentarem o poder do Reino de Deus em suas vidas. Logo, como Jesus selecionou discípulos? Como podemos selecionar discípulos para Jesus?
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Jesus pregou às multidões;
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Jesus chamou alguns discípulos dentre as multidões e passou a ensiná-los;
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Jesus escolheu entre seus discípulos alguns para liderança do futuro movimento.
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Jesus pregando as multidões. (Mateus 4:12-17; Lucas 4:14-44)
Algumas considerações importantes sobre o verbo “kerusso”, que é a palavra grega para pregar.
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O verbo pregar nos evangelhos só aparece relacionado às multidões.
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O verbo pregar só aparece no início do ministério de Jesus.
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Curas, milagres e libertação acontecem predominantemente no contexto da missão de proclamação à multidão.
2. Jesus chamando discípulos (Mateus 4:18ss; 8:18-22; 9:9; Lucas 5:8-11;5:27,28)
Depois de algum tempo pregando, Jesus começou a chamar pessoas para serem seus discípulos (aprendizes). Esse grupo aparece com freqüência nos evangelhos: 70, 120, 500.
Para esse grupão de discípulos a ênfase dada é no ensino, na formação espiritual do caráter de um cidadão do Reino de Deus. É um equívoco de interpretação achar que quando Jesus está falando aos discípulos ele está se referindo apenas ao grupo dos doze. Os “doze” é um subgrupo específico de discípulos dentre os muitos discípulos (João 6: 60 – 70).
3. Jesus Selecionando Líderes (Mateus 10; Lucas 6.12 – 20)
Depois de conhecer um pouco melhor seus seguidores, Jesus passou a selecionar dentre eles alguns para que se tornassem líderes da comunidade de discípulos que Jesus havia reunido ao redor dele, a igreja.
A esse grupo, chamado “os doze”, Jesus deu ensino ainda mais específico, visando estabelecer aos mesmos como líderes.
Conforme nos mostra Robert Coleman em seu livro “O Plano Mestre da Evangelização” a maneira que Jesus Cristo forma seus discípulos segue a seguinte dignamica:
• Selecionar (pré-discipulado)
• Relacionar
• Instruir
• Delegar
• Supervisionar
• Liberar
Diante do apresentado por Coleman podemos considerar pelo menos quatro aspectos concernentes ao processo de fazermos discípulos de Jesus.
Primeiro Aspecto: Discipulado é Relacionamento
O que Jesus fez: Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens (Marcos 1.16,17; João 1.37-39). Para formar discípulos é preciso desenvolver a nossa vida relacional.
Há alguns termos associados ao vocábulo “discípulo” que iluminam o significado do que é relacionar-se com Jesus. Tomando por base o Evangelho de Marcos, Gillis ressalta que podemos notar que:
Jesus convoca os discípulos; Jesus caminha (viaja) com os discípulos (8x); Jesus reúne-se reservadamente com os discípulos (5x); Jesus explicava seus ensinos aos discípulos (4x); Jesus envia seus discípulos (2x); Jesus percebe as dificuldades dos discípulos; Jesus libera discípulos das tradições religiosas (2x); Jesus repreende seus discípulos (5x); Jesus ensina seus discípulos (4x); Jesus previne seus discípulos dos acontecimentos (3x); Jesus cuida dos seus discípulos (4x); Jesus delega tarefas aos discípulos (5x); Jesus come junto com discípulos (6x); Jesus responde perguntas dos discípulos (5x).
Segundo Aspecto: Discipulado é Seguimento.
Discipulado é imitação de um modelo. Isso implica que discipulado não é feito apenas com informação, mas com “modelamento”. É preciso ver! Assim precisamos exemplificar o estilo de Jesus para aqueles que estamos discipulando (Fp 3.17; I Co 4.16; I Co 11.1; I Pd 5.2,3).
É importante, portanto, entender que só é possível se ter um discipulado efetivo se houver sujeição real da parte de quem está sendo discipulado para com aquele que o está discipulando. Porém, essa sujeição que deve nos levar a imitar o discipulador está diretamente ligada ao fato do mesmo imitar a Cristo. É necessário que sejamos honestos com os limites de nossa humanidade e nossa pecaminosidade.
Dentro do processo do discipulado a questão da autoridade precisa ser levada a serio. A autoridade precisa ser exercida no discipulado considerando os seguintes aspectos:
• Sem submissão não há formação. Se a pessoa não for submissa ao disicipulador que esteja aplicando a Palavra de Deus não há como se formar um novo discípulo.
• Baseada na ordem de Cristo. A autoridade é exercida somente a medida que a mesma esteja baseada na Palavra de Deus.
• Usada para o propósito definido. Isso significa que a relação de autoridade e submissão não deve ser usada no discipulado para escravizar a vida de quem está sendo instruído ao seu instrutor.
• Visa a glória de Deus e o bem do discípulo. O objetivo do uso da autoridade no processo do discipulado é a formação e progresso espiritual da pessoa.
• Mantida pela coerência. É necessário que o discipulador seja prudente quanto a esfera de autoridade que deve exercer sobre o discípulo.
• Harmônica com a Escritura. Como já mencionado anteriormente, o dicipulando não deve se submeter a nada que o discipulador exija que não esteja alinhado com a Palavra de Deus.
Para finalizar essa parte da autoridade é importante que distingamos os níveis de autoridade com os quais lidamos no discipulado: Mandamento Bíblico, conselho, opinião .
Terceiro Aspecto: Discipulado é Transformação
Jesus transformou seus discípulos de pescadores de peixe em pescadores de homens. O trabalho de discipulado é ordenar a vida da pessoa de acordo com todos os mandamentos de Jesus. É estabelecer o estilo de vida de Jesus na vida do discípulo.
É preciso tomar muito cuidado para não estabelecer uma relação onde se finge o discipulado: o discipulador finge que discipula, o discípulo finge que é discipulado, mas não acontece transformação.
Jesus promete a transformação. Isso garante que aquele que começa a boa obra vai completá-la. A vida muda sob a direção de Jesus. Ele assume a responsabilidade de fazer de cada um aquilo que é seu propósito.
A evidência de que o processo de discipulado está sendo efetivo é que aquele que é discípulo vai se transformando em sevo (João 13).
Mas também implica em que discípulos não nascem prontos – serão formados. Mais uma vez o Pr Christian Gillis nos ajuda ao mostrar que durante a narrativa no Evangelho de Marcos sobre a formação dos discípulos diversos pontos fracos dos mesmos são destacados:
• Sem fé adequada (4.40; 9.19)
• Sem entendimento (6.52; 8.17)
• Não compreendem a missão de Jesus (8.33)
• Cobiçam posição de honra (9.35; 10.37)
• Cheios de questionamentos (10.26-28)
• Dormem enquanto Jesus está angustiado (14.37-41)
• Abandonam a Jesus (14.50)
• Pedro nega a Jesus (14.66-72)
• Custam a crer na ressurreição (16.11-13)
São pessoas falhas e limitadas que Jesus chama e começa a moldar, seres humanos como eu e você. Os discípulos não eram inicialmente pessoas de grande estatura espiritual, eles tiveram que crescer no conhecimento e confiança em Jesus. Assim como nós.
É fundamental que entendamos que para ser moldado por Jesus é preciso ser ensinável: reconhecer que não sabe, que precisa aprender e aquietar-se.
Conforme observamos nos Evangelho há certos estágios no desenvolvimento do discipulado que precisamos levar em consideração:
• Ouvir a pregação durante algum tempo (discípulos já ouviam a Jesus);
• Aderir pessoalmente ao Evangelho, rompendo com a vida pregressa (não foi impulso irrefletido);
• Desenvolver-se espiritualmente por meio dos ensinos e convivência com Jesus;
• Aceitar os encargos (serviço) que Jesus designa;
• Usar as crises como oportunidade de avaliação pessoal e aprofundamento do seguimento;
Quarto Aspecto: Discipulado é Preparar para o Serviço.
Jesus preparou muitos discípulos para a missão de evangelização e discipulado. Discipulado não é apenas ensinar para saber, é ensinar para servir, para multiplicar a ação obra de Deus no mundo.
Discipulado tem uma finalidade prática: deve resultar em agentes do Reino de Deus engajados em servir a Deus onde quer que estejam. A chamada para o discipulado sempre inclui a convocação para a missão. Temos que entender que Jesus não nos chama para uma terapia, nem para nos encher de informação, ele nos chama para o serviço do Reino.
Em Marcos 6.7-13 encontramos Jesus enviando os discípulos pela primeira vez. Em Marcos 16.15 Jesus envia os discípulos pelo mundo todo. Essa é a versão de Marcos para a Grande Comissão.
Devemos observar a atuação de Jesus e as tarefas nas quais ele envolveu seus discípulos: pregação, ensino, curas, libertação, suprir necessidades, pastoreio, enfim, dar a sua vida para abençoar aos outros (Marcos 10.45). Poderíamos chamar a esse conjunto de Missão Integral. Essas são as tarefas nas quais Jesus deseja que estejamos engajados.
Um outro elemento importante sobre o trabalho no Reino de Deus para o qual Jesus convoca seus discípulos é que o mesmo não é realizado individualmente, mas sempre em equipe. Os Evangelhos nos mostram isso com a ênfase de que Jesus sempre está com um grupo e sempre os envia em grupos para ministrar.
O restante do Novo Testamento mantém essa mesma ênfase ao nos mostrar no Livro de Atos dos Apóstolos que os discípulos vivem e servem em comunidade. Mesmo o Antigo Testamento mantém essa realidade ao descrever que as ações de Deus passavam por um povo, Israel.
A pergunta efetiva a se fazer aqui é: Se ingressar no Reino implica em serviço, qual seu trabalho no Reino de Deus?
III. ENFOCANDO MATEUS 28.18-20.
Agora que já entendemos o que é ser um discípulo de Jesus Cristo e o que significa fazer discípulos, ou o discipulado, como podemos enfocar nossa vida e nosso ministério a partir do que Mateus 28.18 a 20 nos diz?
• Primeiro, precisamos entender que discipulado não é uma opção ou uma programação a mais em nossa agenda de ministério. Discipulado é a ordem que recebemos daquele que tem todo poder e autoridade nos céus e na terra. Então, a nós cabe somente obedecer.
• Segundo, precisamos focar nosso ministério nas pessoas que querem apreender, naqueles que querem se tornar discípulos de Jesus Cristo. Não fomos enviados por Jesus para ficar fazendo programações para entreter crentes. Fomos enviados para fazer discípulos.
• A estratégia é irmos em todas as direções, enquanto vivemos a nossa vida, proclamando a todas as pessoas, batizando os que se rendem ao evangelho e ensinando a praticar tudo que Jesus ordenou até que eles comecem a reproduzir a vida de Jesus em outros.
• O objetivo: Formar discípulos de todos os grupos de pessoas até que Jesus volte para estabelecer a plenitude do Reino de Deus.
Jesus Cristo é aquele que nos apresenta a realidade do Reino de Deus. É ele quem expõe em palavras e obras o conteúdo do Reino, o ensinamento sobre o estilo de vida de um cidadão do Reino de Deus. Jesus também nos mostra o melhor modo de levar a realidade do Reino a todos os povos. O objetivo de Deus com tudo isso é formar um povo que seja moldado a imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
CONCLUSÃO
Um discípulo é alguém que, uma vez alcançado pelo evangelho do Reino, passa a ter a sua vida formada a partir da vida de Jesus Cristo que está nele. Uma pessoa que intencionalmente começa a pensar como Jesus, falar como Jesus e fazer o que Jesus faz.
Discipulado é reproduzir a vida de Jesus Cristo na vida de pessoas que assumam e adotem o estilo de Jesus em si, pelo poder do evangelho, e o reproduzam noutros.
Nessa dinâmica o elemento central é o relacionamento pessoal e comprometido, tendo em vista o crescimento e a transformação do cristão. Para isso é preciso que haja um plano (roteiro), objetivos definidos, como começar, modo de transmissão e também saber a hora de emancipar.
Quando vamos fazer discípulos quem são as pessoas em quem deveríamos investir nosso tempo e nossa vida? Devemos procurar por pessoas consagradas, disponíveis, submissas a Palavra de Deus, leais, desejosas de fazer discípulos e ensináveis.
O que Jesus nos ordena em Mateus 28.16-20 não é uma opção. É o único plano que Jesus Cristo tem para que sua igreja avance em missão no mundo ao lado Deus. Sendo assim, se estivermos fazendo muitas coisas em nossa igreja e ministério, mas não estejamos fazendo discípulos, estaremos perdendo nosso tempo, saúde e dinheiro.
Nossa missão é uma só: Fazer discípulos!
Dedique algum tempo para responder as perguntas:
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O que você esta ouvindo de Deus
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O que significa para sua vida e ministério?
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Como obedecer o que está ouvindo de Deus?
Ricardo Costa
Diretor de Treinamento da MPC Brasil
Diretor do Centro de Treinamento para Plantadores de Igrejas (CTPI)
Pastor da Comunidade Presbiteriana Vinhedo